Home MUNDO Trump sinaliza reaproximação com a Síria e admite suspender sanções

Trump sinaliza reaproximação com a Síria e admite suspender sanções

by REDAÇÃO

Em um movimento surpreendente que pode representar uma virada na política externa dos Estados Unidos para o Oriente Médio, o presidente norte-americano Donald Trump manifestou sua intenção de suspender as sanções econômicas impostas à Síria. A decisão vem acompanhada da possibilidade de um encontro direto com o presidente interino sírio, Ahmad al-Sharaa, durante a cúpula Golfo-EUA, prevista para acontecer em Riade, na Arábia Saudita.

Fontes diplomáticas revelaram que Trump concordou em reservar 45 minutos de sua agenda para dialogar com Al-Sharaa, o que pode marcar um ponto de inflexão nas relações bilaterais. A reunião ainda não foi oficialmente confirmada pela Casa Branca, mas já é vista como um marco simbólico da disposição americana em reavaliar seu posicionamento frente ao novo governo sírio.

Segundo informações divulgadas pelo jornal The National, a Arábia Saudita foi peça-chave na articulação desse possível encontro. Riade tem desempenhado um papel de destaque na tentativa de reaproximar Washington e Damasco, facilitando os primeiros contatos entre os dois lados.

A questão das sanções será o tema central da conversa, de acordo com fontes ligadas ao governo sírio. Al-Sharaa pretende pressionar pela suspensão das medidas impostas durante o regime de Bashar al-Assad, que ainda causam profundos impactos na economia local.

Antes de iniciar sua turnê regional, Trump já havia deixado claro que está considerando “dar um novo começo à Síria” e que a remoção das sanções pode ser iminente. No entanto, autoridades americanas destacam que qualquer decisão definitiva dependerá do comprometimento do novo governo sírio com os direitos humanos.

Além da busca pelo fim das sanções, Ahmad al-Sharaa teria apresentado uma proposta estratégica ao governo americano. Segundo informações da Reuters, a oferta incluiu a possibilidade de construção de uma Trump Tower em Damasco, a abertura para negociações com Israel e o acesso dos EUA aos recursos sírios de petróleo e gás — elementos que visam estimular investimentos estrangeiros e reposicionar a Síria no cenário internacional.

A eventual realização do encontro em Riade é vista por analistas como uma oportunidade histórica de redefinir os rumos da relação entre os dois países, após anos de hostilidade. O sucesso dessa iniciativa, no entanto, dependerá da disposição mútua para concessões e da habilidade das partes envolvidas em construir uma base sólida de confiança.

Com apoio de países como Jordânia, Turquia e, principalmente, da Arábia Saudita, a reconstrução política e econômica da Síria poderá ganhar impulso — e os Estados Unidos podem desempenhar um papel crucial nesse processo, caso decidam, de fato, virar a página.

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