Home ECONOMIA Presidente João Lourenço anuncia Plano Nacional de Adaptação Climática em reunião global de líderes

Presidente João Lourenço anuncia Plano Nacional de Adaptação Climática em reunião global de líderes

by REDAÇÃO

Luanda – O Presidente da República de Angola, João Lourenço, anunciou que o país irá submeter até setembro o seu primeiro Plano Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O plano irá abordar ações prioritárias nas áreas da agricultura e segurança alimentar, gestão de recursos hídricos, infraestruturas resilientes, proteção dos oceanos e saúde pública.

O anúncio foi feito durante a Reunião de Líderes sobre o Clima e a Transição Justa, realizada hoje por videoconferência. O encontro foi uma iniciativa conjunta do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, e do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Participaram ainda líderes como o Presidente da China, Xi Jinping; o Presidente da França, Emmanuel Macron; a Presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan; bem como António Costa e Ursula von der Leyen, em representação da União Europeia.

Os participantes destacaram a urgência de cumprir os compromissos de financiamento climático, estimados em 1,3 triliões de dólares por ano até 2035, para apoiar a transição energética e climática nos países em desenvolvimento.

Durante o seu discurso, o Presidente João Lourenço reiterou o compromisso de Angola com o Acordo de Paris e a Convenção das Nações Unidas. Ele sublinhou que Angola enfrenta os impactos negativos das mudanças climáticas e que o Executivo angolano já estabeleceu ações prioritárias para o ano, incluindo a submissão da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC 3.0) e o início da operacionalização do Sistema Nacional de Monitorização, Reporte e Verificação, além da implementação do Observatório Climático e Ambiental.

Lourenço também destacou que a COP30, marcada para este ano de 2025, deve representar um marco na busca pela justiça climática, reforçando o papel do multilateralismo e exigindo que o novo objetivo de financiamento seja efetivamente cumprido.

“A transição só será justa se esse compromisso for honrado e acessível a todos os países em desenvolvimento”, afirmou o presidente.

O chefe de Estado angolano encerrou sua intervenção apelando à união de esforços e à convergência entre financiamento climático, transferência de tecnologias e parcerias estratégicas para que os países em desenvolvimento possam reforçar a sua resiliência diante dos fenómenos climáticos.

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