O Bureau Político do Comité Central do MPLA expressou profundo pesar pela morte do General do Exército João Luís Neto, conhecido como “Xietu”, ocorrida hoje em Luanda, aos 81 anos, em consequência de uma doença. Xietu foi uma figura de destaque na história de Angola, sendo amplamente reconhecido por sua contribuição essencial à luta pela independência e pela defesa da soberania do país.
Nascido em 8 de fevereiro de 1944, em Icolo e Bengo, João Luís Neto ingressou no MPLA ainda jovem, em 1964. Sua trajetória militar começou em destacamentos como o Ferraz Bomboko, onde teve um papel crucial. Em 1969, assumiu a direção do Centro de Instrução Revolucionária (CIR) em Dolise, e, posteriormente, o comando de uma zona militar. Sua dedicação e liderança não passaram despercebidas, e ele foi eleito para o primeiro Comité Central do MPLA e seu Bureau Político durante a Conferência Inter-Regional de Militantes, em Lundogi, Moxico.
Xietu também teve um papel relevante na política de negociação da independência de Angola, participando na Comissão de Negociação dos Acordos de Alvor em 1975, um marco importante na história do país.
Ao longo de sua carreira militar, o General Xietu se destacou em diversas frentes. Foi o primeiro Chefe do Estado-Maior General das FAPLA, e, em 1986, recebeu a promoção a General de Exército. Em reconhecimento aos seus serviços prestados à libertação de Angola e à luta contra o apartheid na África Austral, ele foi condecorado várias vezes, incluindo a Medalha da Ordem António Agostinho Neto. Até sua morte, ele fazia parte do Conselho de Honra do MPLA, sendo uma figura respeitada e admirada no cenário político e militar do país.
O Bureau Político do MPLA emitiu uma nota oficial, lamentando a perda de João Luís Neto, destacando-o como um filho audacioso e coerente de Angola e da região Austral de África. O partido expressou suas condolências à família enlutada e desejou “paz à sua alma”, reconhecendo o legado imortal deixado por este grande combatente.
O falecimento de Xietu representa uma grande perda para Angola, um país que ele ajudou a construir e a consolidar, e sua memória certamente será eternamente reverenciada por todos que testemunharam a sua coragem e dedicação inabaláveis.