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Angola: Reflexões sobre a manipulação e falhas Políticas ao longo de 64 anos Quem enganou o povo angolano? O MPLA 

De acordo com uma recente análise, a resposta é clara: o povo angolano foi enganado pelo “Grupo Ideia Força” (GIF), que se infiltrou no Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) desde os anos de 1961. Este engano, que se estende por mais de seis décadas, é descrito como uma série de mentiras e falsidades que têm marcado a história política do país.

A tese de que o povo angolano foi enganado é fundamentada na manipulação de informações e na construção de uma narrativa política falaciosa. Segundo a análise, o MPLA, ao longo de mais de 64 anos, tem mantido o povo numa mentira constante, desde a luta pela independência até os dias atuais, com a alegação de uma “democracia representativa parlamentar”.

Em relação ao sistema socialista adotado em Angola após a independência, a análise argumenta que, embora o sistema não tenha “fracassado”, ele nunca foi realmente implementado, já que, em 1975, não havia um país socialista em funcionamento no mundo, nem mesmo a União Soviética. Essa realidade fez com que a promessa socialista fosse uma falácia desde o início.

A análise sustenta que o MPLA, desde o início da sua trajetória até hoje, tem enganado o povo angolano com a promessa de democracia representativa. A falha na criação de um verdadeiro partido político, como deveria ser, e as divisões internas dentro do MPLA, são vistos como evidências de um sistema político que não reflete os interesses reais da população.

Outro ponto levantado é o papel neocolonial do “Grupo Ideia Força” (GIF), que, de acordo com a análise, nunca esteve alinhado com os objetivos da luta pela independência de Angola. O programa do MPLA, segundo o estudo, nunca incluiu esses elementos neocoloniais, sendo que os acordos e declarações assinados em 1974 e 1975 refletem essa realidade.

A resolução da Assembleia Nacional que homenageia os angolanos pela luta pela independência, mesmo com o caráter neocolonial, é considerada uma contradição. Segundo o texto, os acordos de Bukavu e da Argélia, juntamente com a declaração de independência feita em nome do Comitê Central, violaram as resoluções da ONU, especificamente as resoluções 1415/160.

O reconhecimento oficial do Governo da República Popular de Angola (RPA) em fevereiro de 1976 também é alvo de questionamentos. A análise sugere que a legitimidade dos poderes instituídos em Angola deve ser analisada criticamente, com destaque para o Poder Judicial, uma vez que a independência não foi fruto de um processo eleitoral legítimo, nem foi referendada pela população.

Finalmente, a ausência de Leonel Cardoso, último Alto Comissário do Governo de Transição (GT), no ato oficial de independência em 11 de novembro de 1975, é vista como um reflexo da falta de legitimidade dos poderes instituídos em Angola. A ausência do representante do governo português no evento é interpretada como uma falha no processo de transição para a independência, que não ocorreu através de um pleito eleitoral ou referendo popular.

A análise questiona os pilares sobre os quais se construiu a independência e o sistema político de Angola, sugerindo que a população foi enganada por mais de 64 anos. A crítica está centrada na falta de transparência e legitimidade dos poderes instituídos e nos acordos neocoloniais que, de acordo com essa visão, moldaram a história do país de uma maneira contrária aos interesses da população.