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UNITA expressa indignação após chumbo de propostas no Parlamento sobre assassínio de camponesas e prisão de Deputados

No último encontro no Parlamento angolano, a liderança da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) demonstrou total indignação e tristeza após o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), partido no poder, rejeitar duas propostas de protesto que abordavam questões sensíveis, como o assassinato de 16 camponesas no Cuanza Norte e a prisão de dois deputados.

Liberty Chiyaka, líder parlamentar da UNITA, fez duras críticas ao MPLA, que se opôs à discussão de um voto de protesto contra o brutal assassinato das camponesas na província do Cuanza Norte, afirmando que o partido no poder falhou em demonstrar a necessária solidariedade com as vítimas e suas famílias. “Temos cidadãs angolanas que foram assassinadas na província do Cuanza Norte. É dever dos representantes do povo solidarizar-se com as famílias das vítimas, é dever dos deputados protestar contra a violência que atinge famílias que nós representamos”, disse Chiyaka, visivelmente abalado pela decisão tomada.

Além dessa proposta, o MPLA também se posicionou contra outra iniciativa da UNITA que buscava protestar contra a prisão dos deputados Francisco Falua e João Quipipa Dias, detidos enquanto participavam de um protesto em Ndalatando, Cuanza Norte, no dia 16 de fevereiro, exigindo justiça pelo assassinato das camponesas. O MPLA considerou que a UNITA estava apenas tentando criar um “facto político”, e que as propostas não passavam de uma tentativa de explorar a situação para fins partidários.

O deputado Milonga Bernardo, do MPLA, rebateu as críticas, afirmando que a UNITA estava apenas tentando criar um “show político” nas plenárias do Parlamento, utilizando a visibilidade da mídia para enviar uma mensagem política. Ele, no entanto, sublinhou que, apesar das críticas, a perda de vidas humanas de forma gratuita é sempre repugnante e que o governo deveria investigar os fatos.

A votação no Parlamento terminou com a vitória da UNITA e outros partidos da oposição, como o PRS (Partido de Renovação Social), o PHA (Partido Humanista de Angola) e a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), que se uniram para apoiar as propostas de protesto. Juntos, esses partidos somaram 78 votos, enquanto 107 deputados do MPLA votaram contra.

Este episódio reflete as tensões políticas entre a oposição e o partido no poder, destacando, mais uma vez, as divergências sobre como lidar com questões de direitos humanos e a violência no país. A ausência de um consenso sobre a necessidade de solidariedade e investigação em casos tão graves levanta importantes questionamentos sobre o rumo da política em Angola e o papel da oposição na defesa dos direitos da população.