O recente Índice de Percepção da Corrupção 2024, divulgado pela Transparência Internacional (TI), colocou a Guiné-Bissau na 158ª posição, entre 180 países, sendo o país de língua portuguesa com a pior classificação no ranking. Esse resultado, publicado na terça-feira, 11 de fevereiro, não causou surpresa ao presidente da Associação Guineense de Luta Contra a Corrupção, Joel Fernandes. Em entrevista à Voz da América, ele afirmou que a situação descrita pelo relatório é apenas um reflexo da realidade que o país vive.
A Guiné-Bissau, que caiu uma posição em relação ao ano anterior, continua a figurar entre os países mais afetados pela corrupção, algo que, segundo Fernandes, é evidente para todos que acompanham a realidade política e administrativa do país. Para o ativista, a classificação do país no índice é, infelizmente, uma consequência direta de uma série de fatores estruturais e de governança que persistem sem grandes mudanças ao longo dos anos.
Fernandes destacou que a Associação Guineense de Luta Contra a Corrupção tem se dedicado a combater esse flagelo, realizando atividades de denúncia, conscientização e vigilância. No entanto, ele lamenta que, apesar dos esforços, ainda há muito trabalho a ser feito para combater a corrupção de maneira efetiva e alcançar uma transformação real no país.
O Índice de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional classifica países com base na percepção pública da corrupção no setor público, e a Guiné-Bissau tem sido consistentemente uma das nações com piores resultados nesse indicador. Fernandes acredita que, enquanto a corrupção continuar sendo um problema estrutural e a falta de vontade política para enfrentá-la persistir, o futuro do país em termos de governança e desenvolvimento será comprometido.