No dia 22 de janeiro de 2025, a Assembleia Nacional de Angola aprovou, de forma definitiva, a perda do mandato do deputado Alberto José Catenda, da UNITA, eleito pelo círculo do Kuanza-Norte. A decisão foi motivada pelo envolvimento de Catenda em um esquema no qual duas viaturas, atribuídas a ele para uso oficial, foram colocadas à disposição de uma empresa de aluguel de carros, resultando na perda de uma das viaturas.
O Grupo Parlamentar da UNITA manifestou apoio à decisão, alinhando-se com o princípio de que a política deve ser orientada pela ética. Para a UNITA, a ética é um valor fundamental e inalienável. Assim, a bancada agiu prontamente ao tomar conhecimento dos fatos, adotando uma medida de suspensão preventiva do deputado. Este foi colocado à disposição dos órgãos competentes da Assembleia Nacional para que fosse tomada a devida deliberação.
Em sua declaração, a UNITA reforçou que a Assembleia Nacional, como um pilar essencial da democracia angolana, merece respeito e consideração. O grupo destacou que os deputados, eleitos pelo povo, devem agir com responsabilidade, disciplina e ética, sendo esses os princípios norteadores do exercício do cargo.
O Grupo Parlamentar da UNITA também mencionou que, durante a votação do relatório da 9ª Comissão, o presidente desta comissão revelou que outros deputados de diferentes bancadas poderiam estar envolvidos no mesmo esquema. A UNITA, portanto, espera que a comissão responsável tome as medidas necessárias para garantir que todos os responsáveis sejam responsabilizados, sem exceções, assegurando a dignidade da Assembleia Nacional.
O grupo sublinhou que a decisão de sancionar um deputado de sua própria bancada reflete o compromisso da UNITA em não tolerar comportamentos que contrariam os princípios para os quais os bens públicos são disponibilizados pelo Estado. Para a UNITA, a justiça deve ser um valor universal, tratado de forma igualitária, sem discriminação ou favorecimento de qualquer natureza.
Por fim, a UNITA aproveitou a oportunidade para fazer um apelo à sociedade angolana, incentivando os cidadãos a participarem ativamente da vida pública, colaborando e denunciando o uso indevido de recursos públicos. A declaração enfatizou que os bens públicos pertencem ao Estado e devem ser utilizados de maneira responsável e racional, em benefício da coletividade.