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A União Europeia avalia possibilidade de levantar sanções à Síria

A União Europeia (UE) tem se debruçado sobre a questão de como abordar a Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad, com o levantamento das sanções sendo uma das principais discussões em pauta. De acordo com um documento informal obtido pela Euronews, a UE está começando a planejar uma possível remoção das restrições econômicas impostas ao país, incluindo áreas como transportes, exportações de petróleo e gás, e atividades financeiras e bancárias.

Este movimento da UE pode resultar em uma revisão significativa das sanções, especialmente no que diz respeito a setores econômicos chave. Entre as propostas discutidas está a reabertura de voos civis entre a Síria e a UE, com a possibilidade de suspender restrições às companhias aéreas, como a Syrian Arab Airlines. Além disso, há discussões sobre a eliminação da proibição à exportação de tecnologia relacionada ao setor de petróleo e gás, bem como a revogação de limitações para participar de projetos de infraestrutura e financiamento no país.

Outro ponto importante do documento é a possível revogação das restrições sobre ativos comerciais de alto valor, como veículos, permitindo que os cidadãos sírios possam transferir suas atividades de volta para o país. Essas mudanças visam, em grande parte, apoiar a reconstrução da Síria e facilitar a retomada de relações comerciais com a Europa.

Entretanto, uma das questões mais delicadas abordadas no documento refere-se à presença de grupos como o Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), um grupo militante islâmico com ligações à Al-Qaeda. A UE deixa claro que qualquer decisão sobre a retirada deste grupo da lista de organizações terroristas deve ser tomada no âmbito do Conselho de Segurança da ONU. A avaliação da evolução da situação no terreno, particularmente em relação ao HTS e seu líder, Al-Shara’a, será crucial para essa decisão. A União Europeia enfatiza que a retirada de grupos da lista deve ser cuidadosamente controlada para evitar riscos de financiamento ao terrorismo e garantir que a Síria não se torne um refúgio para organizações extremistas.

Importante destacar que, mesmo com a possibilidade de levantar sanções contra outros setores, o regime de Bashar al-Assad e seus aliados continuam sujeitos a sanções. A estratégia da UE, portanto, visa enfraquecer o regime, ao mesmo tempo que possibilita o restabelecimento gradual de laços econômicos com a Síria, caso haja uma mudança significativa na sua dinâmica política e de segurança.

Desde a queda do regime de Bashar al-Assad no início de dezembro de 2024, os países da UE têm buscado redefinir sua abordagem em relação à Síria. Embora o cenário ainda seja incerto, os países europeus demonstram uma disposição crescente para apoiar a reconstrução do país, desde que a situação política e a presença de grupos terroristas estejam sob controle. A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, marcada para 27 de janeiro de 2025, deve ser o próximo passo decisivo para moldar o futuro das relações entre a Europa e a Síria.

Este cenário de incertezas e possibilidades indica que, para a UE, o momento de flexibilizar as sanções à Síria depende de um equilíbrio delicado entre apoio à reconstrução e a necessidade de garantir estabilidade e segurança no país.