Após meses de negociações intensas, um acordo de cessar-fogo foi finalmente alcançado entre Israel e o Hamas, mediado pelo Qatar. As conversas que aconteceram em Doha chegaram a um ponto crucial nesta quarta-feira, quando o Hamas recuou nas suas objeções iniciais e aceitou as condições estabelecidas por Israel. Este acordo surge em um momento de extrema tensão, com mais de 46 mil vidas palestinas perdidas devido ao conflito em curso.
De acordo com fontes internacionais, o pacto inclui diversas medidas significativas, como a libertação gradual de dezenas de reféns mantidos pelo Hamas, bem como a libertação de centenas de prisioneiros palestinianos que se encontram em Israel. Além disso, o acordo visa permitir o retorno das centenas de milhares de deslocados da Faixa de Gaza às suas casas e garantir a chegada de ajuda humanitária essencial ao território devastado pela guerra.
Esse avanço foi confirmado por um oficial norte-americano ao Times of Israel. A reunião final de aprovação do acordo deve ocorrer nesta quinta-feira, no gabinete de segurança de Israel, às 11h locais (9h em Lisboa). Caso aprovado, o cessar-fogo proporcionará uma pausa temporária no conflito, que já dura 15 meses e que, além de afetar Gaza, também gerou um conflito paralelo no Líbano e causou instabilidade em toda a região do Oriente Médio.
As negociações delinearam o acordo em três fases principais, sendo a primeira uma pausa de seis semanas nos combates. Durante este período, cerca de 33 reféns israelenses, capturados pelos militantes do Hamas durante os ataques de 7 de outubro de 2023, serão libertados. O foco também estará em trabalhar para um possível acordo de paz duradouro, baseado na estabilidade e na cessação definitiva dos combates.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem acompanhado de perto as negociações, comemorou o avanço nas tratativas. Em uma publicação nas redes sociais, Trump afirmou: “Temos um acordo para os reféns no Médio Oriente. Eles serão libertados em breve. Obrigado!”. Por outro lado, o presidente em exercício, Joe Biden, ainda não fez uma declaração pública sobre o progresso das negociações.
Este acordo de cessar-fogo é um sinal de alívio para os civis da região, mas também representa um passo importante em um processo diplomático complexo, onde a paz duradoura permanece como um objetivo distante, mas essencial.