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João Lourenço: A raiz dos problemas de Angola e da desunião no MPLA

A constante troca de membros do governo no MPLA, mais do que uma simples dança de cadeiras, revela uma realidade profunda: o regime de João Lourenço está se sustentando de forma artificial, sem o vigor necessário para liderar o país. O que se vê é uma política errática, onde Angola foi transformada em um campo de desilusão e fracasso para seu povo.

A história do MPLA está marcada por uma guerra iniciada em 1975, que, ao contrário do que muitos pensam, não teve vencedores reais. A guerra, injusta e imposta, causou sérias feridas na população angolana, e o tecido social que o MPLA começou a desmantelar desde o princípio, continua a ser responsável pelos maiores infortúnios que o povo sofre até hoje. O MPLA não venceu a guerra, apenas a iniciou, e seu fim ainda é incerto.

O regime do MPLA não tem mérito popular. As batalhas vencidas ao longo da história não foram suficientes para apagar as injustiças cometidas contra a população. Embora o regime tenha vencido algumas batalhas, ele também sofreu derrotas, e a derrota final está cada vez mais próxima. Em breve, aqueles que hoje perseguem e oprimem, serão os que serão perseguidos. A verdade, muitas vezes ocultada, está prestes a vir à tona.

É difícil assistir àquilo que se tornou o espetáculo de João Lourenço e seus seguidores. O país caminha sem direção, preso em uma dança insustentável de troca de poder, sem resultados concretos. O governo, liderado por um presidente mais preocupado em manter-se no poder do que em resolver os problemas reais de Angola, continua a alienar e humilhar os cidadãos. A falta de ética e pudor no comportamento de João Lourenço é preocupante, pois ele se cerca de aliados que, como marionetes, entram e saem do governo sem impacto positivo.

A Saída de Eugénio Laborinho: Intriga Palaciana

A recente saída de Eugénio Laborinho do governo é um reflexo claro das intrigas palacianas que dominam a política angolana. Laborinho, vítima das manobras de Fernando Garcia Miala e outros aliados do poder, simboliza o jogo sujo que reina nos bastidores do MPLA. A população de Malanje, onde Laborinho tem raízes, está revoltada com essa humilhação, e muitos acreditam que sua queda é apenas mais um exemplo de como o MPLA usa seus próprios membros como peões para encobrir suas falhas.

A tentativa de unir o MPLA por meio de figuras como Norberto Garcia é um erro estratégico. A ideologia, quando usada como um instrumento para validar posições políticas, apenas cria divisões. A falta de uma visão política sólida e coerente dentro do MPLA tem causado frustração e desconfiança, tanto dentro do partido quanto entre a população.

A manipulação da realidade, especialmente através da mídia controlada pelo MPLA, é um dos maiores problemas que os angolanos enfrentam. O governo tem alimentado a população com falsas promessas e ilusões que não contribuem para o bem-estar dos cidadãos. A sociedade está sendo enganada, e as mentiras políticas têm se tornado cada vez mais evidentes.

João Lourenço, longe de ser um líder visionário, tem se tornado o carrasco do povo angolano. Através do controle do serviço de inteligência (SINSE) e da disseminação de intrigas, ele mantém uma atmosfera de medo e repressão. O atual estado de deterioração econômica e o enfraquecimento do estado de direito são reflexos diretos de sua liderança autoritária.

No cenário político angolano, o ex-ministro Eugénio Laborinho foi usado como um “boi de piranha” — uma distração para desviar a atenção das reais falhas do governo. Assim como no Brasil, onde bois doentes são usados para distrair as piranhas enquanto o gado passa ileso, Laborinho foi sacrificado para desviar as críticas ao regime. Essa estratégia, orquestrada por figuras como Fernando Miala, só revela a profundidade das manobras que acontecem nos bastidores.

Apesar de todos os esforços do governo para criar uma imagem de estabilidade e sucesso, a verdade está se tornando cada vez mais evidente para os angolanos. A manipulação das informações, especialmente sobre a saída de Eugénio Laborinho, não conseguiu ocultar a incompetência e a impopularidade do MPLA. O povo não se deixa enganar mais, e a pressão para que o regime mude ou caia está crescendo.

Os casos de corrupção envolvendo membros do governo, como os desvios de fundos públicos e o roubo de recursos do país, continuam impunes. Investigações sobre grandes escândalos financeiros são ignoradas, enquanto figuras como o irmão de João Lourenço e outros aliados do regime continuam sem ser responsabilizados. A sociedade angolana está cada vez mais ciente dessas falcatruas, e a indignação só aumenta.

Para que Angola possa caminhar em direção a uma verdadeira democracia, é urgente que se desmilitarize o aparato do estado. O MPLA, que tem controlado o país por décadas, precisa ser retirado do centro do poder. O partido não pode continuar a ser um estado dentro do estado. A população exige mudanças reais, e a única maneira de alcançar uma Angola mais justa e próspera é romper com o controle absoluto do MPLA.

A única maneira de garantir um futuro melhor para Angola é garantir que a verdade eleitoral seja restaurada. O povo não pode continuar sendo manipulado e enganado por um regime que só pensa em se manter no poder. A fraude eleitoral e o roubo de votos devem ser erradicados, e as autarquias, que representam a vontade do povo, precisam ser estabelecidas. A verdade eleitoral não pode ser obscurecida, pois, sem ela, o país não terá um futuro de prosperidade e liberdade.

Enquanto isso, o MPLA nunca pode esquecer que, ao longo de sua história, nunca venceu a guerra que iniciou em 1975. A derrota final está se aproximando, e muito em breve, aqueles que hoje são fortes serão os fracos perseguidos do amanhã.

O MPLA, na realidade, não existe mais como um partido político genuíno, tendo se transformado em uma máquina de controle político e econômico com fins exclusivamente autoritários.

Por Raúl Diniz