Lisboa – O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que já exerceu toda a sua influência no processo de viabilização do Orçamento do Estado para 2025, e que, neste momento, o seu papel é “manter-se calado”.
Segundo o chefe de Estado, agora é a vez dos “grandes protagonistas” discutirem e tomarem decisões sobre o orçamento.
Em declarações feitas em Tomar, Marcelo explicou que a sua atuação teve limites claros, afirmando que parou “antes do Conselho de Estado”. Ele reconhece ter exercido influência, ou “pressão”, mas que neste ponto qualquer comentário adicional de sua parte poderia causar “ruído e perturbação” no processo.
Para acompanhar as negociações em curso, o Presidente da República adiou viagens previamente agendadas para a Estónia e a Polónia. Ele justificou essa decisão com a necessidade de estar presente em Portugal para acompanhar de perto a reta final das negociações orçamentais, dado que o prazo para a apresentação da proposta de lei do Orçamento do Estado termina na próxima quinta-feira, 10 de outubro.
Enquanto isso, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, aguarda uma resposta do secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, em relação à contraproposta apresentada recentemente. Essa negociação será crucial para garantir a aprovação do orçamento no Parlamento.
O envolvimento ativo do Presidente e o acompanhamento próximo do desenrolar das negociações refletem a importância crítica deste orçamento para o futuro do país, enquanto a decisão final permanece nas mãos dos principais atores políticos.