Luanda – Sérgio Monteiro defendeu que a privatização da empresa foi crucial para a saída da Troika de Portugal em 2014 e elogiou a administração que o Governo escolheu e que passou para a Vinci no controlo da ANA.
O ex-secretário de Estado das Infraestruturas do Governo de Pedro Passos Coelho diz que o relatório do Tribunal de Contas sobre a privatização da ANA Aeroportos tem “erros graves”. Sérgio Monteiro foi ouvido esta quarta-feira no Parlamento e acusou o tribunal da falta de direito ao contraditório.
Monteiro falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, na sequência de um requerimento do PCP sobre a privatização da empresa.
A privatização da ANA ao grupo francês Vinci foi anunciada em 27 de dezembro de 2012 e concluída em setembro de 2013.
Na altura, “os investidores, os países todos (…) viram um país da União Europeia a reforçar a confiança num país que supostamente não ia conseguir cumprir o programa de ajustamento” acordado com a ‘Troika’, apontou o ex-governante, destacando que isso “foi muito importante para mudar a perceção, contribuiu para a saída limpa, contribuiu para a recuperação”.
Por isso, “esta privatização, os seus efeitos positivos vão muito para lá, muito para lá do encaixe financeiro”, enfatizou Sérgio Monteiro, rematando: “Daí o orgulho, sublinho, em ter participado nela”.
Durante a sua audição, Sérgio Monteiro referiu que “não houve, naquela altura, nenhum processo de privatização que se aproximasse do encaixe financeiro” do caso da ANA.
O ex-governante agradeceu o requerimento do PCP, referindo que tal permitiu fazer o contraditório” à auditoria do Tribunal de Contas, apontando que tal “deveria constar no relatório da auditoria”, que foi divulgado no início do ano.
Sérgio Monteiro defendeu que a privatização da empresa foi crucial para a saída da Troika de Portugal em 2014 e elogiou a administração que o Governo escolheu e que passou para a Vinci no controlo da ANA.
No entender do ex-governante não fazia sentido construir um novo aeroporto, apesar de ter sido o Governo de Passos Coelho a avançar com a opção Portela + Montijo.