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Incêndios em Portugal: Mais de 62 mil hectares queimados e sete mortes confirmadas

Desde domingo, mais de 62 mil hectares de floresta foram consumidos pelos incêndios em Portugal Continental, de acordo com dados do sistema europeu Copernicus. A situação é especialmente grave nas regiões norte e centro, onde o número de frentes ativas tem mobilizado milhares de operacionais. Além das perdas materiais, o país lamenta a morte de sete pessoas, sendo quatro bombeiros e três civis.

Um dos incidentes mais trágicos ocorreu em Tábua, onde três bombeiros perderam a vida. O veículo em que seguiam foi apanhado por uma frente de fogo. A Liga dos Bombeiros Portugueses confirmou que o acidente ainda está a ser investigado, mas a perda dos bombeiros, um homem e duas mulheres, já foi sentida em todo o país. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou publicamente o seu pesar, classificando o ocorrido como uma grande tragédia.

A Proteção Civil, numa atualização à imprensa, informou que 65 incêndios estavam ativos às 13h00 de terça-feira, com particular incidência no norte do país. Cerca de 5321 operacionais estão no terreno, apoiados por 24 meios aéreos. O comandante André Fernandes destacou a gravidade da situação e a dificuldade em controlar os fogos devido às condições meteorológicas desfavoráveis e ao elevado número de ignições, muitas delas durante a noite. Segundo Fernandes, as equipas estão a focar-se principalmente na preservação de vidas humanas e bens materiais.

A gravidade dos incêndios reflete-se também no número de feridos: 53 pessoas sofreram ferimentos, das quais 17 foram hospitalizadas. Além disso, mais de 50 evacuações foram registadas, principalmente nos concelhos de Águeda e Albergaria. Várias estradas e autoestradas foram cortadas, com a Proteção Civil a desaconselhar viagens para as áreas afetadas.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) mantém oito distritos sob aviso amarelo devido ao calor, com temperaturas elevadas a dificultar o combate às chamas. As autoridades apelam à população para reduzir comportamentos de risco, que têm contribuído para o elevado número de ignições.

O Governo prolongou a declaração de situação de alerta até quinta-feira, enquanto se coordena com as autarquias locais para prestar apoio às populações afetadas. O ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, sublinhou a importância da “proximidade e rapidez” na resposta às necessidades das vítimas.

A nível europeu, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reconheceu a necessidade de aumentar os esforços de adaptação e reparação face aos fenómenos meteorológicos extremos. Após o pedido de ajuda de Portugal, vários aviões de combate a incêndios de países europeus foram mobilizados, com os primeiros já em operação no território.

Por fim, quatro pessoas foram constituídas arguidas por fogo posto em Valongo, após terem utilizado indevidamente uma máquina agrícola durante o período de alerta máximo. O incidente contribuiu para a destruição de cerca de um hectare de floresta e danos em propriedades.

A luta contra os incêndios continua, com o país a enfrentar uma das mais graves temporadas de fogos dos últimos anos. As autoridades e equipas de emergência permanecem mobilizadas, focadas em conter as chamas e minimizar os danos.