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HomeECONOMIAFACIM 2024: “Corrupção e Burocracia Afectam Negócios e Fazem Retrair Investimentos”

FACIM 2024: “Corrupção e Burocracia Afectam Negócios e Fazem Retrair Investimentos”

O presidente da Associação dos Empresários Europeus em Moçambique (EuroCam), Simone Santi, classificou nesta terça-feira, 27 de Agosto, o excesso de burocracia e a corrupção como sendo os principais desafios existentes no sector empresarial, sublinhando que os mesmos afectam os negócios e retraem o investimento no País.

By: Arson Armando

Na sua intervenção, Santi afirmou que as empresas europeias têm interesse em continuar a investir em Moçambique, porém, deve existir uma maior coordenação junto do sector privado, de modo que se aperfeiçoem as medidas e condições de trabalho em diversas áreas da economia.

“Nos últimos anos, ajudámos com ideias para uma melhor implementação do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE), sobretudo na questão da isenção dos vistos. Todavia, há ainda muitas barreiras, o que é negativo para os empresários, pois fazem com que estes desistam e encerrem as suas empresas”, lamentou o responsável durante um debate sobre “Contribuição das Empresas Europeias no Desenvolvimento Urbano Sustentável em Moçambique: Desafios e Oportunidades da Urbanização em Moçambique”.

A sessão, que teve lugar no âmbito da realização da 59.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), contou com a participação de empresários nacionais e europeus, destacando-se a presença do embaixador da União Europeia (UE) em Moçambique, Antonino Maggiore, que defendeu que o sector privado é fundamental no processo de desenvolvimento socioeconómico, devendo estar sempre activo.

“A UE apoia o sector privado e está disponível para trabalhar em conjunto, ajudando com iniciativas concretas e de interesse. Actualmente, mantemos um diálogo estruturado com o Governo no qual apresentamos as nossas abordagens em diversas áreas de negócio e como atrair mais investimentos”, enfatizou.

O diplomata salientou que a Europa é o maior investidor no País, sendo que as suas empresas estão na linha da frente em sectores como energia, digitalização, infra-estrutura, comércio e outros.

A FACIM está a decorrer no Centro Internacional de Feiras e Exposições de Ricatla, localizado no distrito de Marracuene, província de Maputo, e tem como tema “Industrialização: Inovação e Diversificação da Economia Nacional”. Terá uma duração de sete dias (de 26 de Agosto a 1 de Setembro) e vai expor as potencialidades do País para produção e exportação, bem como promover oportunidades de negócio e de investimento nos diversos segmentos de actividade económica.

“Nos últimos anos, ajudámos com ideias para uma melhor implementação do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE), sobretudo na questão da isenção dos vistos. Todavia, ainda há muitas barreiras, o que é negativo para os empresários, pois fazem com que estes desistam e encerrem as suas empresas”.

Para este ano, foram atraídos 2300 nacionais e 650 estrangeiros provenientes de 25 países de todo o mundo, distribuídos por mais de dez pavilhões e espaços livres, sendo que estão também convidados todos os sectores económicos, associações, empresas públicas e privadas.

A feira constitui uma plataforma para intercâmbio e cooperação e terá um conjunto de actividades que incluem exposições, seminários, sessões de promoção e bolsas de contacto.