Home NOTÍCIAS Provedora de Justiça “Maria Lúcia Amaral” alerta para “obscuridade” no cálculo de pensões

Provedora de Justiça “Maria Lúcia Amaral” alerta para “obscuridade” no cálculo de pensões

by REDAÇÃO

Lisboa – Provedoria recebeu mais de 10 600 queixas e destas 2900 foram instruídas, envolvendo sobretudo a Segurança Social.

O cálculo das pensões é complexo e obscuro, alerta o relatório anual de atividades da provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, documento que a própria entregou na sexta-feira ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.

A Provedoria de Justiça recebeu no ano passado mais de 10 600 reclamações, das quais resultaram quase 2900 queixas instruídas, sobretudo relativas a questões com a Segurança Social. Pensões, contribuições, dívidas ou prestações familiares foram os temas com mais processos abertos.
No capítulo dedicado à Segurança Social, o relatório deixa a acusação de que há “obscuridade” na forma como é comunicado o cálculo das pensões, por não permitir “ao normal destinatário apreender quais os pressupostos tidos em conta, e de que forma é que os mesmos influíram” no valor da reforma que será paga.

Quanto à bonificação das pensões de quem tem carreira contributiva na Função Pública e no setor privado, o relatório diz que tem sido calculada de uma forma que prejudica os beneficiários. Em causa está a falta de convergência entre o regime geral da Segurança Social e o da Caixa Geral de Aposentações.

Embora a entidade que atribui a pensão calcule a bonificação tendo em conta a totalidade da carreira contributiva – ou seja, a carreira de ambos os regimes –, apenas aplica a taxa de bonificação à sua parcela da pensão.

Este tipo de situações ocorre porque “não há comunicação entre ambas as entidades sobre esta matéria”, acusa a Provedoria de Justiça.

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