Fontes próximas ao empresário Joaquim Vaz Monteiro “Quim” negaram qualquer envolvimento dele na recente detenção do chefe da Repartição Fiscal de Benguela, Joaquim Alberto Fernando. Isso contradiz informações que circulam, sugerindo que Monteiro teria exercido influência sobre órgãos judiciais na província para causar a detenção.

Fonte: Club-k.net

O responsável da Administração Geral Tributária (AGT) é suspeito de praticar vários crimes, incluindo falsificação de documentos e associação criminosa, conforme revelado por fontes da Procuradoria-Geral da República (PGR).

“A exaustão do regime com a posição dos chefes da AGT, por contrariar os esforços de crescimento econômico do executivo, foi mencionada em uma denúncia nas redes sociais logo após a detenção de Joaquim Alberto Fernando e outros três funcionários da AGT,” informa um comunicado divulgado online.

Empreendedores e empresários têm criticado a AGT, acusando-a de impor multas milionárias que dificultam a manutenção de postos de trabalho para centenas de cidadãos. “Os chefes começaram com ações em tascas, janelas abertas e até fundos de quintal com multas de até 14 milhões de kwanzas,” reclamaram alguns empresários na denúncia a que este jornal teve acesso.

A mesma fonte revelou que os envolvidos abriram uma empresa de contabilidade, que aparentemente era a única com resoluções fiscais favoráveis, além de uma farmácia na mesma rua da Farmácia Quim Monteiro. Após a abertura dessa farmácia, as perseguições ao empresário teriam começado.

Informações sugerem que a AGT tem perseguido diversos empresários, especialmente aqueles com negócios semelhantes aos dos suspeitos. Essa prática teria levado muitas empresas, como Calmito e Jocadisa, à falência. “Benguela é conhecida por ter empresários robustos e unidos, muitos dos quais já iniciaram processos de responsabilização criminal contra a AGT, incluindo acusações de falsificação de documentos, associação criminosa, cobrança ilegal, participação econômica em negócio, abuso de poder e tráfico de influências,” afirmaram as fontes.

Essa denúncia sobre a AGT não é novidade. Isaac dos Anjos, ex-governador de Benguela, já havia criticado severamente o modelo de autuação e a relação da AGT com os empresários locais, apontando para um ambiente de negócios asfixiante na província.