- O mundo que já vivia em alerta com os perigos de evolução da guerra que ocorre na Ucrânia com o invasão da Rússia, ficou agora em suspense com o recente ataque aéreo massivo levado a cabo pelo Irão contra o território de Israel.
Fonte: Facebook
A tradicional doutrina militar israelita sustenta que o país deve ripostar a qualquer agressão ou ameaça contra a sua soberania. Desta vez as Forças de Defesa de Israel tardam a responder ao ataque de mísseis e drones vindos do Irão. A maior parte dos especialistas considera que uma retaliação israelita será o rastilho que acenderá em direcção ao barril de pólvora em que se tornou o médio oriente.
Em face do potencial perigo da escalada dos conflitos nas regiões do Oriente Médio e da Ucrânia, é prudente que os demais países adoptem medidas de contingência, a fim de que esteja preparada para possíveis desdobramentos e impactos que resultarão dessa instabilidade. Angola e um desses países.
Tratam-se de medidas que incluem a avaliação e o reforço das capacidades de defesa, a revisão de determinados acordos e tratados internacionais de segurança, o fortalecimento da cooperação diplomática e a busca por canais de diálogo, para prevenir a escalada do conflito.
Os países podem revisar as suas políticas de segurança nacional, monitorar atentamente o evoluir da situação geo-politica e estar preparados para responder a possíveis desdobramentos negativos que possam afectar as suas fronteiras ou interesses estratégicos.
No cenário actual, o emprego de estratégias combinadas podem ajudar um Estado a preservar sua integridade e a soberania, diante das ameaças contemporâneas, garantindo uma resposta eficaz e adaptativa aos desafios que se encontram em evolução.
Podemos chamar a isso de política de defesa e segurança de um Estado. Essa política abrange o conjunto de estratégias, diretrizes e medidas adoptadas por um estado para proteger a sua integridade, a soberania e os seus interesses nacionais, diante de ameaças internas e externas.
A política de defesa e segurança engloba não apenas as questões militares, mas também aspectos relacionados à segurança cibernética, a resiliência nacional, a diplomacia preventiva, a cooperação internacional e ao engajamento da sociedade civil.
Essa abordagem holística reflete a compreensão de que a segurança nacional vai além do poder militar e da defesa tradicional do país, incorporando uma gama mais ampla de desafios e ameaças que requerem respostas multifacetadas e adaptativas.
Portanto, a política de defesa e segurança é a peça fundamental para garantir a protecção efectiva dos interesses nacionais e a preservação da soberania do Estado num ambiente geopolítico complexo e com ameaças em constante evolução.
É importante ressaltar que tais medidas devem ser adoptadas com cautela e sempre em conformidade com o direito internacional, com o foco na prevenção de conflitos e na preservação da estabilidade regional e global.
A cooperação entre os países, o engajamento em fóruns multilaterais e a busca por soluções diplomáticas são fundamentais para lidar com crises internacionais desse tipo.
•Jurista. Especialista em Segurança Nacional pelo “Galilee College” de Israel.