Fonte: Club-K.net

Para os trabalhadores reformados da Chevron, é necessária e urgente a avaliação e revisão da “Pensão de Reforma”, que para eles não tem sido suficiente para suprir as necessidades dos reformados, o que te causado a perda do poder de compra, uma vez que, enquanto funcionários no activo foram descontados a cada mês valores elevados.

Actualmente o valor máximo da pensão de reforma é de 607.874,00 kwanzas. O valor inicial que havia sido estipulado era de 578.000,00 kwanzas, que a altura era equivalente a 5.000.00 USD, mas só que, segundo os reclamantes, quando o governo estipulou esse valor não indexou o respectivo valor ao dólar.

À medida que o tempo foi passando, segundo ainda os antigos trabalhadores, a inflacção foi subindo e como consequência o valor da Pensão de Reforma foi perdendo o seu real valor e actualmente é equivalente a 600 e poucos Euros, resultando na perda do valor de compra.

“O que vem frustrando os reformados é que em 2022, o governo fez sair uma lei que é o Decreto Presidencial 161/22 de 20 de Junho que no seu artigo 5º impõe um valor máximo de 607.874,00 Kwanzas como limite máximo da Pensão de Reforma, valor esse que tem estado a trazer uma série de transtornos e constrangimentos na vida econômica e financeira dos reformados, reduzindo dramaticamente o poder de compra”, lamentam.

Com vista a encontrar alguma solução às suas inquietações, o grupo de ex-trabalhadores da petrolífera Chevron foi recebido em audiência pela Provedoria de Justiça.

“O motivo que nos levou para essa audiência é de solicitar a Provedoria de Justiça, no sentido de influenciar, que haja mudança do quadro jurídico legal e actual referente o valor da Pensão de Reforma, de maneira que o reformado consiga viver com o mínimo de dignidade”, escrevem numa exposição enviada ao Club-K.

Segundo o porta-voz do grupo, Sebastião Boaventura “estamos a ver que a lei sobre o valor da pensão dos reformados não satisfaz as necessidades dos reformados, uma vez, que estes não se beneficiam de assistência, nem transporte colectivo e como se não bastasse continuam a pagar certas as taxas com IVA e outros”.