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Tiroteio perto de Moscovo: Estado Islâmico diz ser responsável pelo ataque

Tiroteio em Moscovo: MNE lamenta “notícias horrendas” e considera “ataques contra civis são sempre inaceitáveis”.

Ucrânia “nada tem que ver” com tiroteio em Moscovo

Um grupo de homens armados, vestindo uniformes militares, abriu hoje fogo numa sala de concertos em Moscovo, onde se registaram também explosões. Segundo o serviço de segurança russo, o FSB, existem pelo menos 40 mortos e, segundo o ministério da saúde da região de Moscovo, existem cerca de 145 feridos.

Segundo a Reuters, o Estado Islâmico reivindica o ataque no seu canal de Telegram.

O FSB, citado pela agência russa TASS, afirmou que existem pelo menos 40 mortes. Numa última atualização, através da mesma agência, que cita o ministério da saúde da região de Moscovo, pelo menos 145 pessoas ficaram feridas.

“De acordo com dados preliminares, o resultado do ataque terrorista a Crocus City Hall matou 40 pessoas”, afirmou o FSB.

Segundo Mikhail Murashko, ministro da Saúde da Rússia, pelo menos 115 pessoas foram hospitalizadas, estando cinco crianças entre elas. Entretanto, 30 pessoas já foram liberadas pelo hospital.

A AP frisa que vários meios de comunicação russos relatam o tiroteio e também um incêndio. Circulam vídeos em que são visíveis grandes nuvens de fumo preto sobre o prédio, com o departamento de emergência da região de Moscovo a relatar que um terço do edifício está em chamas, com o terraço a ser consumido pelas chamas e uma parte já colapsou.

Há pelo menos 50 ambulâncias no local do ataque, diz o The Guardian. “Os agressores provavelmente abriram fogo na entrada do edifício durante um concerto, usando armas automáticas, e depois começou um incêndio no edifício”, afirmaram os serviços de emergência.

Segundo a agência russa RIA Novosti, pelo menos três pessoas em uniforme de combate dispararam armas no Crocus City Hall, sala que habitualmente é utilizada para concertos. Segundo a agência russa TASS, Vladimir Putin foi informado do ataque minutos após o começo do tiroteio, segundo o porta-voz do Kremlin Dmitri S. Peskov, disse às notícias locais.

O autarca de Moscovo, Sergei Sobyanin, já reagiu ao sucedido. “Hoje ocorreu uma terrível tragédia em Crocus City. Apresento as minhas condolências às famílias daqueles que morreram”, declarou. O patriarca Ortodoxo Cirilo, por sua vez, “reza pela paz das almas dos falecidos”, disse o seu porta-voz.

No Telegram, ex-presidente russo, Dmitri Medvedev, afirmou que “se for estabelecido que são terroristas do regime de Kiev… todos devem ser encontrados e destruídos impiedosamente como terroristas. Incluindo os líderes do Estado que cometeram tal atrocidade”, afirmou na rede Telegram Medvedev, também número dois do Conselho de Segurança Nacional e conhecido pelas suas declarações radicais.

A Presidência ucraniana e combatentes russos aliados de Kiev na guerra em curso contra as forças de Moscovo negaram qualquer envolvimento no tiroteio, segundo um conselheiro da presidência da República ucraniana, Mikhailo Podoliak, classificando o ataque como um “ato terrorista”.

Portugal já reagiu a este tiroteio com uma nota na rede social X por parte do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que lamentou esta as “notícias horrendas”. Cravinho considerou que “ataques contra civis são sempre inaceitáveis”.

Na Europa, a embaixada britânica na Rússia condenou o ataque, denominando-o com uma “terrível tragédia”, expressando as suas condolências às famílias e amigos dos afetados neste ataque, num post na rede social X. Para a União Europeia, tal como os britânicos, o ataque foi considerado como “chocante”, disse Peter Stano, porta-voz da assuntos estrangeiros, também condenando o ataque “contra civis”.

Vladimir Putin não fez nenhum comentário sobre este ataque.