Primeiro-ministro israelita diz que que não haverá acordo de paz sem “vencer o Hamas”. Netanyahu rejeita proposta de cessar-fogo de 135 dias para a libertação de reféns e um acordo para pôr fim à guerra em Gaza.
O primeiro-ministro israelita rejeitou a proposta de cessar-fogo em três fases para a libertação de reféns e um acordo para pôr fim à guerra em Gaza, que foi apresentada pelo Hamas. Benjamin Netanyahu sublinhou que um acordo de paz não será possível sem a eliminação do Hamas.
“Israel não vai chegar a esses acordos, tratados de paz e normalização sem derrotar o Hamas”, reiterou, durante uma conferência de imprensa, esta tarde, após ter estado reunido com o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken.
Netanyahu considerou que uma “rendição às exigências delirantes do Hamas” poderia desencadear “outro massacre e uma grande tragédia em Israel”
Questionado sobre as condições do acordo para a libertação de reféns israelitas em Gaza, afirmou que Israel “não se comprometeu com nada”. O Hamas exigia a libertação de 1500 palestinianos detidos pelas forças israelitas.
O primeiro-ministro israelita acredita que a vitória está por uma “questão de meses” e prometeu que o país alcançará todos os objetivos da guerra: a libertação de todos os reféns e a eliminação total do Hamas.
Também alegou que as Forças de Defesa de Israel têm conseguido “conquistas sem precedentes”. Como exemplo, apontou a morte de “mais de 20 mil terroristas” em quatro meses.
Cerca de 28 mil palestinianos terão morrido desde o início da guerra em Gaza. Mais de 10 mil eram crianças.
Netanyahu revelou ainda que transmitiu a Antony Blinken a intenção de, após eliminar o Hamas, garantir que a Faixa de Gaza “é desmilitarizada para sempre”. Para atingir esse fim, diz que Israel “vai atuar onde for necessário e pelo tempo que for necessário” para eliminar o Hamas.
O líder de Israel deixou ainda clara a intenção de substituir a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinianos(UNRWA) em Gaza. A organização tem estado sob fogo nas últimas semanas, após Telavive ter alegado que funcionários da UNRWA estavam envolvidos nos ataques de 7 de outubro levados a cabo pelo Hamas.