A estimativa tem em conta desde danos das consequências imediatas do sismo, como danos a propriedade privada, até aos sinistros induzidos pelo sismo, como inundações.
by: Jorge Costa
Omodelo de análise de risco de catástrofes, Moody´s RMS, aponta para perdas por sinistros entre os 3 e os 6 mil milhões de dólares provocados pelo sismo de magnitude 7,5 no Japão, no primeiro dia de 2024. Segundo a notícia avançada pela Reinsurance news, para além dos danos em propriedade privada e a interrupção de negócios, a análise tem em conta os sinistros provocados pelos incêndios induzidos pelos sismos, as inundações, deslizamentos de terras e a deformação do solo, assim como a inflação após o evento, que poderá aumentar o preço da cobertura de sinistros, explicando a margem de 3 mil milhões de dólares.
No entanto, a análise não tem em conta as “perdas para exposições não modeladas” como os transportes, linhas de automóveis e infraestruturas de serviços públicos, o que poderá influências as perdas reais a cobrir.
“Este evento destaca a importância de avaliar os terramotos de crosta pouco profunda numa visão abrangente do risco sísmico – no Japão e em todo o mundo. Embora o risco sísmico no Japão seja impulsionado por eventos na zona de subducção, houve vários eventos prejudiciais na crosta pouco profunda nas últimas décadas, incluindo o Grande Terramoto de Hanshin de 1995, os Terramotos de Kumamoto de 2016 e agora o Terramoto da Península de Noto de 2024″, afirmou Chesley Williams, Diretora Sénior da Moody’s RMS.
Importa salientar que a Moody´s calculou estes valores com base na “análise de terramoto devastador, utilizando os modelos de alta definição dos modeladores de risco Japan Earthquake and Tsunami”.