A Orquestra Sinfónica de Angola quer recuperar instrumentos tradicionais e resgatar a herança musical do país. Já estão identificados mais de 20 instrumentos, e agora são precisos apoios para superar o desafio.
A Orquestra sinfónica de Angola, a OSIA, é o primeiro projecto de orquestra que se dedica à música angolana a partir dos finais do século XV. O grande objectivo é criar música para todos e unir o pais através da cultura e da arte.
Neste momento, há também a vontade de promover a reconstituição da história de Angola através da música, com a recuperação de instrumentos tradicionais e com o resgate da herança musical do país. Já estão identificados mais de 20 instrumentos e agora são precisos apoios para superar o desafio.
“A sinfonia é um género musical de Angola. Mas não era considerado património imaterial angolano. Por isso é que tivemos a necessidade de desdobrar a OSIA, que é a orquestra sinfónica que se dedica à música clássica ocidental, com a OSINA, uma orquestra que se dedica à música erudita angolana, africana e de ascendência africana”.
“O aluno mais pequeno tem dois anos. Nós trabalhamos com as crianças, preferencialmente, a nível da Academia. Elas aprendem tudo lentamente e depois escolhem um instrumento. Trabalhamos com jovens adolescentes e com músicos que chegam das igrejas e das comunidades. Vamos ao encontro de quem quer aprender música, e quem quer aperfeiçoar-se numa filosofia de integração social inclusiva vem ter connosco. Nós partimos do princípio de que o método do ensino artístico tem que ser profissionalizante”.
“Angola é a terra da marimba, mas nós nunca valorizámos a marimba como aconteceu em vários países. Na Guatemala é o instrumento nacional. Aqui também é um instrumento nacional e o nosso interesse é nas partituras de composições para este instrumento”.