Fonte: Club-K.net

O Centro de Saúde do Hoji-Ya-Henda (CSHYH) foi desactivado e demolido em 2012, devido às inundações causadas pelas chuvas que se abateram na época, cuja falta de serviços de saúde perto dos cidadãos tem causado muitos constrangimentos na vida dos munícipes do Cazenga.

Em carta enviada ao Presidente da República, João Lourenço, a Plataforma Cazenga em Acção (PLACA) revela que o espaço foi entregue a um suposto empresário chinês pelo então administrador municipal, sem a mínima observância da lei.

Na carta, a PLACA, disse ter instado o Serviço de Investigação Criminal (SIC) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para competente investigação e averiguação, respectivamente, com vista a apurar as informações e repor a legalidade, “no entanto, lamentavelmente, sem resposta até à data”.

“Entretanto, levando em consideração a sensibilidade e a importância do assunto e, concomitantemente, a avaliar pela boa vontade de Sua Excelência senhor Presidente da República na melhoria do quadro sanitário no município do Cazenga e, igualmente, tendo em conta o compromisso do combate à corrupção e peculato, a PLACA espera confiante que o mesmo mereça, de Vossas parte, o devido tratamento”, apela.

No documento endereçado esta terça-feira, 7, à Presidência da República, a que o Club-K teve acesso, a Plataforma Cazenga em Acção (PLACA) salienta que o município “é dominado por um saneamento básico precário, a ineficácia e ineficiência das políticas públicas voltadas à saúde preventiva e a falta de vias terciárias de acesso às unidades sanitárias existentes”, factores esses que, no entendimento dos activistas, “contribuem no descontrolado aumento de doenças e pacientes e, consequentemente, na taxa de mortalidade, perigando, deste modo, o alcance dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável ratificados pelo Estado angolano”.

Para os jovens da PLACA, “ao invés das obras de melhoria do Hospital Geral dos Cajueiros (HGC), seja priorizada a reconstrução do Centro de Saúde do Hoji-ya-Henda, desactivado e demolido no ano de 2012, devido às inundações causadas pelas chuvas”.

Na visão dos activistas, “a falta do referido equipamento social tem causado inúmeros prejuízos humanos aos habitantes daquela municipalidade e arredores, pois as unidades existentes são incapazes de satisfazer a demanda pelas razões acima afloradas e outras”.

A Plataforma Cazenga em Acção entende que os serviços sociais devem ir ao encontro dos cidadãos, “sendo o contrário o Estado a auto-exoner-se das suas responsabilidades”, finaliza.