No dia em que se inicia o ano judicial no País, organizações da sociedade civil “atiram-se”contra a postura de alguns tribunais no desfecho de sentenças. AJPD e MUDEI falam em politização dos órgãos de justiça.
Abre nesta sexta-feira, 01, o ano judicial, acto que decorre em Luanda, numa altura em que associações da sociedade civil se queixam da suposta “politização dos tribunais, que é uma constante, permitindo a existência de uma cultura de abuso de poder, que faz que a justiça, que deveria estar ao serviço do cidadão, falhe e tarde”.
Ouvidos pelo Novo Jornal, em véspera da abertura do ano judicial, líderes associativos deploram o estado da conservação dos direitos humanos no País e apontam barreiras existentes na Justiça angolana, “que vão desde a falta de meios técnicos, péssimas condições de trabalho, influência do poder político, entre outras”.
O coordenador da Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) lamenta a distância que supostamente se verifica entre o que está garantido na Constituição da República e o que se vê em termos práticos. Serra Bangu apresenta-se como defensor de “uma sociedade mais justa em que os tribunais desempenham os seus verdadeiros papéis”.