A UNITA reconduziu neste domingo, 30 de Novembro, em Luanda, Adalberto Costa Júnior à presidência do partido, após vencer o processo eleitoral interno com 1.100 votos (91%), contra 110 votos (9%) do concorrente Rafael Massanga. A proclamação oficial confirmou o candidato número dois como Presidente eleito para um novo mandato.
No comunicado final, o XIV Congresso Ordinário aprovou um conjunto de resoluções políticas e organizacionais que traçam as linhas de actuação da UNITA nos próximos anos, reafirmando o partido como força central da oposição e alternativa de governação em Angola.
Os congressistas agradeceram a presença de convidados nacionais e estrangeiros e destacaram as mensagens de encorajamento recebidas. O encontro evocou a memória do fundador Jonas Malheiro Savimbi, enaltecido como referência moral e política, e prestou homenagem aos militantes falecidos durante o último mandato.
O Congresso aprovou, com emendas, o relatório e contas do período 2021–2025 e adoptou a moção estratégica do Presidente eleito como documento orientador do novo ciclo político. Foi também reafirmada a vocação reconciliadora da UNITA e a importância do exercício democrático para a consolidação da unidade interna.
No plano nacional, os delegados manifestaram preocupação com o agravamento da situação social e económica do país, que atribuíram à “má governação” do Executivo. Reconheceram ainda o papel da Frente Patriótica Unida (FPU) e o empenho do eleitorado nas eleições gerais de 2022, que permitiram à UNITA alcançar 90 mandatos na Assembleia Nacional.
Entre as prioridades apontadas para a acção política futura destacam-se os sectores da saúde, educação, família e agro-pecuária. Em matéria organizacional, o Congresso decidiu renomear o centro político-administrativo da UNITA, em Viana, para “Complexo Doutor Jonas Malheiro Savimbi”, e aprovou o aumento da Comissão Política Nacional para 351 membros efectivos e 75 suplentes.
Foi igualmente mantida a regra de dois mandatos presidenciais consecutivos de quatro anos, com possibilidade de um terceiro interpolado. O Congresso recomendou ainda que, a partir de 2033, os mandatos passem a ter duração de cinco anos.
A UNITA encerra assim o XIV Congresso com a renovação da sua liderança e o compromisso de reforçar a presença do partido na diáspora, fortalecendo a cooperação internacional e o acompanhamento das comunidades angolanas no exterior. O partido reafirma a sua ambição de se apresentar como principal alternativa política em Angola, defendendo uma governação democrática, inclusiva e orientada para as necessidades reais dos cidadãos.

