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Caso Muxima Plaza: 18 Anos de Silêncio sobre o Roubo de Quase USD 18 Milhões

Após 18 anos, o caso envolvendo o Muxima Plaza, também conhecido como “Lumeji à Mutamba”, continua sem resolução, com um rombo de quase USD 18 milhões. O herdeiro principal da família, Carlos Ramos, revelou em uma entrevista ao “Diário Independente” (Porto, Portugal), sua frustração com a postura do Governo Provincial de Luanda (GPL) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), que, segundo ele, têm encoberto o desvio e silenciado o legado familiar.

Carlos Ramos não escondeu seu desapontamento com o que considera um comportamento enganoso das autoridades angolanas. “É uma vergonha ter que lidar com instituições como o GPL e a PGR, que mentem repetidamente. Sempre lutei com base na legitimidade e na verdade, e esses recursos são meus, e da minha família. Temos documentos legais que comprovam o desvio de quase USD 18 milhões, e eles tentam nos enganar com mentiras”, afirmou o herdeiro.

A situação é ainda mais agravante para Carlos Ramos, pois a sua família vive em condições precárias, enquanto as autoridades continuam a omitir a verdade sobre o caso. Ele denuncia a maneira injusta como o Governo e a PGR têm tratado sua família, o que, segundo ele, coloca em risco a saúde e o bem-estar dos seus membros.

O impasse não é novo. Já em 2019, Carlos Freitas, um dos representantes da empresa Prominest Lda, foi notificado para buscar uma indemnização de Kz 48 milhões. No entanto, Carlos Ramos acredita que esse valor está longe de ser justo, considerando que o valor real da fraude chega a quase USD 18 milhões. Ele argumenta que não houve nenhuma expropriação legal de utilidade pública, conforme o artigo 37 da legislação, o que torna a situação ainda mais irregular.

Carlos Silva Ramos herdeiro do prédio rústico do largo Muxima Plaza.

 

Carlos também questiona a postura do governo angolano em relação a este caso. “É lamentável que, depois de tantos anos, figuras conhecidas que violam a lei ainda estejam em cargos importantes, enfraquecendo o poder judiciário e prejudicando a justiça”, desabafou. Ele apela ao chefe de Estado para que tome medidas contra o que considera uma série de injustiças que afetam não só sua família, mas a confiança da população nas instituições do país.

O caso continua a ser um exemplo emblemático de impunidade e corrupção, com as autoridades e a justiça a ser desafiadas a dar uma resposta clara e eficaz a um problema que persiste há quase duas décadas.