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Referendo na Moldova sobre adesão à UE vence com margem apertada, Presidente Maia Sandu denuncia “fraude”

EU – No último domingo, os cidadãos da Moldova foram às urnas não só para eleger um novo presidente, mas também para decidir, através de um referendo, sobre a adesão do país à União Europeia. No entanto, os resultados do referendo trouxeram surpresas e controvérsias.

Com 99% dos votos contabilizados, o “sim” à adesão da Moldova à UE venceu por uma margem mínima de 50,18%, num universo de 1,4 milhões de eleitores. O resultado, praticamente empatado, surpreendeu muitos analistas, que previam uma vitória mais expressiva do “sim”. Durante a contagem dos votos, o “não” chegou inclusive a liderar, contrariando as expectativas iniciais.

A presidente pró-europeia, Maia Sandu, que também participou nas eleições presidenciais e venceu a primeira volta com 42% dos votos, rapidamente reagiu ao resultado do referendo, denunciando uma “fraude sem precedentes”. Segundo Sandu, o processo eleitoral foi alvo de interferências estrangeiras que visam desestabilizar o país e desviar os resultados a favor de interesses contrários à União Europeia.

Em uma conferência de imprensa, Sandu afirmou: “Grupos criminosos, juntamente com forças estrangeiras hostis aos nossos interesses, atacaram o nosso país com dezenas de milhões de euros, mentiras e propaganda… Temos provas de que o objetivo era comprar 300 mil votos. A escala da fraude é inédita.”

Este cenário lança uma sombra sobre o futuro da Moldova no processo de adesão à UE. O referendo, apesar de não ser juridicamente vinculativo, era visto como um teste decisivo para consolidar a vontade popular em relação à integração europeia. No entanto, em vez de um caminho claro, os resultados trouxeram ainda mais incertezas.

Na corrida presidencial, Maia Sandu enfrentará um segundo turno contra Alexandr Stoianoglo, um antigo procurador-geral que defende uma aproximação à Rússia. Stoianoglo superou as expectativas das sondagens, obtendo cerca de 26% dos votos, e disputará a presidência com Sandu no próximo mês.

Embora a Moldova esteja em negociações avançadas com a União Europeia, este referendo poderia ter sido um impulso decisivo para acelerar o processo. Com a instabilidade política e as alegações de fraude, o futuro das negociações pode se tornar mais incerto.

Este episódio ressalta a delicada situação política e social na Moldova, onde forças internas e externas disputam o rumo do país. O resultado final deste processo eleitoral poderá ter repercussões profundas não só para o futuro da Moldova, mas também para a relação do país com a União Europeia e com outros atores globais.

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