Tomar — O candidato presidencial Luís Marques Mendes afirmou este domingo que o líder do Chega, André Ventura, “não pode nem vai ser Presidente da República”, acusando-o de “minar a democracia” e “dividir os portugueses”.
As declarações foram feitas à margem de uma visita à Feira de Santa Iria, em Tomar, onde o antigo presidente do PSD criticou duramente as recentes afirmações de Ventura numa entrevista à SIC, em que este defendeu que “Portugal precisava de três Salazares”.
Marques Mendes classificou essas palavras como “simplesmente lamentáveis” e afirmou que o país necessita de “um Presidente que una os portugueses e não de alguém que os coloque uns contra os outros”.
> “Este homem não respeita nada nem ninguém. O país precisa de um chefe de Estado que defenda a democracia e o respeito mútuo. Este homem não vai ser, nem pode ser Presidente da República”, declarou o ex-líder social-democrata.
O candidato a Belém reforçou que a sua visão para o cargo é oposta à de André Ventura, defendendo uma presidência centrada no diálogo e na unidade nacional. “Ele quer dividir os portugueses; eu quero unir. Ele mina a democracia; eu quero fortalecê-la. São campos completamente diferentes”, afirmou.
Marques Mendes acrescentou ainda que Ventura “pretende apenas criar ruído, confusão e provocação” com a sua candidatura, e que o seu verdadeiro objetivo “é ser primeiro-ministro e não Presidente da República”.
> “Ele só sabe viver da polémica. É por isso que não pode ser, nem será Presidente da República”, concluiu.

