Os predestinados a Presidente da República

O lançamento da pré-candidatura de HIGINO CARNEIRO não passou de um teatro mal ensaiado, ou, talvez, da filosofia de Pirro. Duas semanas depois, o que se observa é um silêncio total. Nenhuma ação digna de registo. Nem sequer conseguiu reunir dez (10) zungueiras. Como bom europeísta, está a desfrutar das belas praias… e assim segue o pré-candidato.

By: Duarte Pereira

O “PREDESTINADO” não passará, de facto, do próprio lançamento. Sua “vitória” será apenas uma vitória de Pirro. Ninguém seguirá esse caminho que viola os estatutos do partido. Que crie, se quiser, o partido da sua dinastia, onde as campanhas comecem fora de tempo e do senso.

Os predestinados já estão cansados. O peso da consciência é enorme. A ambição descomunal vai-se reduzindo na medida em que o tempo passa por eles, e eles passam pelo tempo. Nada têm a oferecer ao país, senão as estradas mortíferas de 2008 e os lucros da corrupção, depositados no Brasil e em Dubai… à custa da morte dos verdadeiros donos da riqueza angolana.

O “PREDESTINADO” VALDIR CONÉGO passa os dias no Rucio, a apanhar pombos. Não tem ideias para o país, nem população que o apoie nesta empreitada de auto-prevalência. Transferiu-se para as origens dos seus avós e bisavós, que fique por lá. Não nos preocupemos com quem tem para onde ir, em território onde não se sente ilegal, porque dele também é.

O regresso será um desafio demasiado grande para CONÉGO. Simulou envenenamento, mas afinal não passou de uma congestão, fruto da ingestão de alimentos para os quais não estava habilitado. Se regressar, terá de provar as acusações que fez publicamente. Talvez seja mais viável como candidato em Oeiras.

Já o “PREDESTINADO” ENG. ANTÓNIO VENÂNCIO, com o pensamento preso entre o Estádio 11 de Novembro e o Kilamba, não desenvolveu mais nada. As ideias secaram. Nem no Bengo consegue reunir vinte pessoas ou amigos. Um não-assunto. António Venâncio é matéria de família, não de política.

Resumidamente: os predestinados não representam qualquer ameaça política à coesão interna do MPLA. Outros podem surgir, é verdade, mas o MPLA mantém-se forte no tempo e no espaço, e recomenda-se.