Nem só de política vive o noticiário — negócios bilionários, crises no futebol e figuras públicas em ascensão ou queda livre também desenham o termômetro da semana. Eis o nosso “rating” semanal: quem merece aplausos e quem sai com nota vermelha?
A Mota-Engil está imparável no Brasil. Com dois contratos recém-fechados com a Petrobras — um de 250 milhões e outro de 240 milhões de euros —, a gigante da construção consolida sua presença internacional com uma carteira de 15 mil milhões de euros. É o maior volume da história da empresa. Carlos Mota Santos domina a arte da reputação empresarial: negócio puxa negócio e, neste setor, confiança vale mais que cimento. Um CEO com visão estratégica e timing cirúrgico.
Enfrentar o caos da regularização de imigrantes não é tarefa fácil. Esta semana, com filas quilométricas no Porto, o ministro deu a cara — e mais do que isso, entregou resultados: a capacidade de resposta saltou de 800 para 6.000 atendimentos diários. Transparência e eficácia em temas politicamente sensíveis. Mesmo com o ruído em torno da investigação à sua família, sai intacto e reforçado como bom gestor público.
Discreto, mas consistente. Depois de 17 anos fora da linha da frente, Luís Marques Mendes percorre o país com mensagens claras: combate ao populismo e cultura de serviço público. Pode não ser carismático, mas é previsível — e isso pode ser exatamente o que muitos eleitores procuram.
Ao contrário de outros candidatos, sabemos o que esperar dele. E isso, em tempos de incerteza, é uma virtude rara.
A temporada foi um desastre: sem campeonato, sem Taça de Portugal e com milhões mal investidos. Rui Costa continua a agir como jogador e não como gestor. A desculpa do incidente com Matheus Reis é só isso — uma desculpa. Falta de visão estratégica, decisões erráticas e má gestão financeira. A estrutura do clube pede liderança profissional, não nostalgia de ex-craque.
O que une Mota Santos, Leitão Amaro e Marques Mendes? Gestão eficaz, visão de longo prazo e clareza de objetivos. Já Rui Costa é o exemplo de que a paixão, sem estratégia, pode custar caro — dentro e fora de campo.