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Luís Montenegro é Indigitado Primeiro-Ministro: Diálogo, Estabilidade e Crescimento à Vista

by REDAÇÃO

Com o encerramento oficial das eleições legislativas e a contagem final dos votos dos círculos da emigração, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nomeou oficialmente Luís Montenegro como Primeiro-Ministro de Portugal. A decisão surge após reuniões com os líderes dos principais partidos com assento parlamentar — PS, Chega e AD (Aliança Democrática).

No seu primeiro pronunciamento como primeiro-ministro indigitado, Montenegro sublinhou o compromisso com a vontade expressa pelo povo nas urnas. Segundo ele, o novo Governo será construído com base na continuidade do trabalho iniciado no último ano e terá como foco central responder às preocupações concretas dos cidadãos.

“Vamos dar seguimento à vontade do povo português”, afirmou Montenegro, referindo-se ao resultado eleitoral que reforçou a presença da AD na Assembleia da República.

Montenegro apresentou uma visão clara: crescimento económico, criação de riqueza e melhoria dos rendimentos para famílias, trabalhadores e pensionistas. Também destacou a importância de fomentar investimentos e fortalecer os serviços públicos.

Entre as prioridades destacadas estão:

  • Transformação do Serviço Nacional de Saúde
  • Valorização da escola pública
  • Investimento no setor da habitação
  • Gestão mais digna da imigração
  • Refinamento da política fiscal para reter talento jovem
  • Reforço da segurança e policiamento de proximidade

Em relação à abordagem política, o novo chefe de Governo garantiu que está disposto a dialogar com todas as forças parlamentares, sem, no entanto, assinar acordos permanentes de governação. O objetivo, segundo ele, é alcançar consensos pontuais em nome da estabilidade e do progresso.

Questionado sobre uma possível revisão constitucional — proposta defendida por partidos como Chega e Iniciativa Liberal — Montenegro foi categórico: esse não é um tema prioritário neste momento. “Não estamos disponíveis para alimentar essa discussão agora”, declarou, embora não tenha fechado a porta para um eventual debate no futuro.

A nomeação de Luís Montenegro foi viabilizada com o apoio tácito do PS e do Chega. Carlos César, em nome dos socialistas, reconheceu ser “natural” que o líder da AD assumisse o Governo e afirmou que o PS não pretende criar obstáculos à formação do novo Executivo. Reforçou, contudo, que isso não significa uma adesão ao programa da AD, mas sim respeito pela escolha democrática dos portugueses.

André Ventura, líder do Chega, também garantiu que o partido não apresentará moções de rejeição ao programa do Governo. Embora se assuma como líder da oposição, Ventura declarou que a estabilidade política é essencial neste momento e que o Chega não contribuirá para uma nova crise política. Ainda assim, deixou no ar a ambição de apresentar uma “alternativa pronta a governar” no futuro.

Com os resultados finais confirmados, a Aliança Democrática (AD) saiu das eleições como a força mais votada, elegendo 91 deputados. O Chega consolidou-se como a segunda maior bancada, com 60 mandatos, enquanto o PS, com 58 deputados, sofreu uma derrota expressiva, levando Pedro Nuno Santos a assumir de imediato a responsabilidade política.

A tomada de posse oficial do novo Governo ocorrerá após a publicação definitiva dos resultados e da instalação da nova legislatura.

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