Moçambique deu mais um passo rumo à consolidação da gestão transparente dos seus recursos naturais. Emanuel Chaves foi eleito, esta quinta-feira (22), presidente do Comité de Supervisão do Fundo Soberano de Moçambique — estrutura responsável por acompanhar a aplicação dos recursos provenientes da exploração de gás natural na Bacia do Rovuma.
A eleição decorreu com a participação dos nove membros que compõem o comité, tendo Chaves obtido cinco votos, superando Inocêncio Paulino, que reuniu quatro. Com esta vitória, inicia-se formalmente a operacionalização do órgão de supervisão, criado em julho do ano passado com o objetivo de garantir a boa gestão do fundo.
Após a eleição, Emanuel Chaves demonstrou confiança na missão que tem pela frente. Comprometeu-se a assegurar uma gestão eficiente dos 40% das receitas que serão canalizadas para a conta do fundo, com especial atenção à transparência e ao uso responsável dos recursos.
“Estamos cientes dos desafios e prontos para enfrentá-los com profissionalismo. A supervisão será feita com rigor e foco no interesse nacional”, afirmou Chaves.
Durante a cerimónia, o vice-presidente da Assembleia da República, Hélder Injojo, sublinhou a importância do novo papel assumido por Chaves, destacando que o Fundo Soberano mexe com o futuro e a sensibilidade de todos os moçambicanos. Injojo apelou ao novo presidente para garantir uma gestão baseada em critérios técnicos sólidos, que assegurem o uso sustentável e justo dos recursos do país.
O Fundo Soberano de Moçambique representa uma das principais ferramentas do Estado para garantir que as receitas provenientes do gás natural beneficiem tanto a geração atual quanto as futuras. A supervisão eficaz e transparente será essencial para alcançar esse objetivo.