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Leão XIV celebra sua primeira Missa com apelo Global à Paz e recebe Zelensky no Vaticano

by REDAÇÃO

A Praça de São Pedro, no Vaticano, foi palco de um momento histórico neste domingo: o Papa Leão XIV celebrou sua primeira missa pública desde que foi eleito, no dia 8 de maio. A cerimônia, carregada de simbolismo, marcou oficialmente o início do seu pontificado diante de milhares de fiéis e líderes mundiais.

Entre os convidados, destacou-se a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que participou da missa ao lado da primeira-dama Olena Zelenska e outros representantes do governo ucraniano.

Na sua primeira homilia como pontífice, Leão XIV clamou por uma “paz desarmada e desarmante”, evidenciando uma das prioridades do seu pontificado: a busca por soluções pacíficas em um mundo marcado por conflitos persistentes.

Durante a celebração, o Papa destacou a difícil situação da “Ucrânia martirizada”, pedindo por negociações capazes de garantir uma paz “justa e rigorosa”. Após o encontro com o Papa, Zelensky expressou gratidão pelas palavras, afirmando que “todas as nações merecem viver em paz e segurança”.

Leão XIV — anteriormente cardeal Robert Prevost — tem um perfil discreto e intelectual. Conhecido por evitar improvisações, ele tem preferido discursos escritos e cuidadosamente preparados. Ao explicar a escolha de seu nome papal, revelou inspiração em Leão XIII, figura crítica ao capitalismo liberal do século XIX. Agora, o novo Papa pretende ampliar esse olhar para os desafios da revolução tecnológica e da inteligência artificial.

Num discurso feito anteriormente a jornalistas e representantes diplomáticos, o Papa condenou firmemente a desinformação e defendeu a dignidade dos migrantes, comparando cada vida migrante à de uma “criatura amada por Deus”.

Essa posição não é nova para Leão XIV, que quando ainda era cardeal atuando no Peru, foi veemente crítico das políticas de deportação e fechamento de fronteiras durante a administração de Donald Trump. Um contraste curioso, já que a cerimônia contou com a presença de JD Vance, vice-presidente dos EUA, e de Marco Rubio, chefe da diplomacia norte-americana, ambos ligados ao governo Trump.

Antes da celebração, Zelensky teve um reencontro inesperado com JD Vance, o qual não via desde um episódio tenso ocorrido na Casa Branca. O gesto de aproximação sinalizou um possível degelo diplomático entre ambos.

No entanto, o pano de fundo geopolítico permanece tenso. Na véspera da missa, a Rússia voltou a atacar a Ucrânia com drones, mesmo após tentativas de negociações de paz em Istambul.

Ao fim da cerimônia, o Papa também voltou sua atenção para o conflito em Gaza, destacando o sofrimento da população civil diante da retomada dos bombardeios por parte de Israel e o bloqueio da ajuda humanitária.

“Não podemos esquecer os irmãos e irmãs que sofrem por causa da guerra. Em Gaza, crianças, famílias e idosos enfrentam a fome e a dor”, declarou Leão XIV com firmeza.

A primeira missa do Papa Leão XIV revelou mais do que rituais: foi um manifesto de esperança, justiça social e diplomacia. Com um discurso firme, o novo pontífice mostrou que seu pontificado não será neutro diante das grandes crises do nosso tempo — da guerra à migração, da desinformação à tecnologia. O mundo católico (e além dele) observa agora os próximos passos deste novo capítulo no Vaticano.

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