Portugal vive neste domingo um momento decisivo para o seu futuro político. As urnas abriram às 8h da manhã para receber os votos de mais de 9 milhões de cidadãos, convocados a eleger os 230 deputados que irão compor a nova legislatura da Assembleia da República. Esta eleição tem um peso simbólico especial, pois ocorre 50 anos após as primeiras eleições livres realizadas após a Revolução dos Cravos.
Distribuídos por 22 círculos eleitorais — 18 no território continental e os restantes nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, bem como nas comunidades portuguesas no exterior — os eleitores participam num ato democrático cujo custo está estimado em cerca de 26,5 milhões de euros.
Apesar de algumas queixas relacionadas a atrasos no início da votação, atribuídos à organização dos votos antecipados, o processo tem decorrido com normalidade. Em Lisboa, muitos cidadãos fizeram questão de marcar presença nas mesas de voto e ressaltaram a importância de exercer este direito.
“É essencial votar, não apenas agora, mas sempre que somos chamados a participar na escolha dos nossos representantes”, comentou um dos eleitores na capital. Outra cidadã, acompanhada da filha pequena, reforçou: “Todos devíamos fazer a nossa parte. Votar é um dever cívico.”
As mesas de votação permanecerão abertas até às 19h no território continental e na Madeira. Nos Açores, devido à diferença horária, o horário de funcionamento estende-se até às 20h locais.
No total, 21 partidos disputam estas eleições, sendo o Partido Liberal Social (PLS) a única novidade em relação ao último pleito. Entre as forças políticas que participam destacam-se AD (coligação entre PSD e CDS-PP), PS, Chega, Iniciativa Liberal (IL), Bloco de Esquerda (BE), CDU (coligação PCP/PEV), Livre, PAN, entre outros, além de pequenos partidos com candidaturas localizadas nas regiões autónomas, como o MPT, PTP e coligações regionais do PSD/CDS/PPM.
Este domingo eleitoral representa não só a escolha de um novo Governo, mas também um momento de reflexão coletiva sobre o rumo que Portugal quer seguir nas próximas décadas. A elevada participação e o engajamento popular indicam um ambiente democrático ativo e consciente.
