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SJA repudia atitude intimidatória de comandante da Polícia contra jornalista no Kwanza Norte

by REDAÇÃO

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) manifestou forte repúdio diante de um novo episódio de intimidação contra a liberdade de imprensa no país. O foco da denúncia é o Subcomissário Fernando Luís João, conhecido como “Luisão”, atual 2.º Comandante Provincial da Polícia Nacional no Kwanza Norte, acusado de ameaçar e tentar impedir o trabalho do jornalista Pedro Manuel Neto, da Rádio Ecclésia, durante a cobertura de uma manifestação em Ndalatando.

O incidente mais recente ocorreu no dia 14 de maio, quando, segundo relato do próprio repórter, o comandante voltou a ordenar que ele desligasse o equipamento de gravação, numa clara tentativa de obstruir a atividade jornalística. Este não é o primeiro caso envolvendo o oficial, que já teria um histórico de comportamento hostil contra membros da imprensa.

Em declarações públicas, o secretário-geral do SJA, Pedro Miguel, classificou o episódio como “preocupante” e lamentou a postura da autoridade policial, que, segundo ele, revela traços de arrogância e desrespeito à missão dos profissionais de comunicação.

“Recebemos a denúncia por meio do nosso secretariado provincial e já encaminhámos o caso às instâncias superiores da Polícia Nacional. Consideramos essa atitude um problema relacional grave entre as forças de segurança e a classe jornalística”, explicou Pedro Miguel.

Ele reforçou ainda que, apesar de promessas da corporação quanto à revisão dessa conduta, o sindicato continuará atento e disposto a denunciar qualquer tentativa de silenciamento: “Se essa postura não mudar, manteremos nossa posição de firmeza e indignação diante de abusos, especialmente quando o jornalista está apenas a cumprir o seu dever.”

O Subcomissário Fernando Luís João, conhecido como Luisão, nasceu no dia 20 de agosto de 1968, na província do Uíge. É licenciado em Direito pela Universidade Jean Piaget de Angola e atualmente ocupa uma das posições de comando da Polícia Nacional no Kwanza Norte.

O episódio levanta novamente o debate sobre os limites entre a atuação policial e a liberdade de imprensa, dois pilares fundamentais de qualquer democracia. O SJA apela ao respeito pelas leis e pelo papel crucial que a comunicação social desempenha na construção de uma sociedade mais justa e informada.

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