Governo de Portugal declara luto Nacional pela morte do Papa Francisco

O Governo de Portugal anunciou oficialmente que decretará três dias de luto nacional em memória do Papa Francisco, que faleceu aos 88 anos, na segunda-feira, 21 de abril de 2025. A medida será confirmada em sincronia com as cerimônias fúnebres, conforme a tradição, e destaca o profundo pesar de toda a nação pela perda de um líder espiritual que tocou tantas vidas ao redor do mundo.

Na manhã de domingo, Francisco havia feito uma breve aparição na varanda da Basílica de São Pedro para a tradicional bênção “Urbi et Orbi”, mas, infelizmente, seu estado de saúde piorou rapidamente e ele faleceu em sua residência no Vaticano. A notícia de sua morte foi confirmada pela Santa Sé, que expressou tristeza pela perda do pontífice.

O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, prestou uma homenagem ao Papa Francisco, reconhecendo o legado significativo que ele deixa para a humanidade. Em uma nota oficial, Montenegro o descreveu como um “Papa extraordinário”, que se destacou por sua “humanidade, empatia, compaixão e proximidade às pessoas”. O Primeiro-Ministro lembrou ainda as visitas do Papa a Portugal, em momentos marcantes como o Centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima e a Jornada Mundial da Juventude, que fortaleceram os laços entre o Papa e o povo português.

Montenegro expressou suas “sentidas condolências” à Santa Sé e aos católicos do mundo inteiro, em particular aos milhões de portugueses, e concluiu dizendo que a melhor forma de honrar o Papa seria seguir seus ensinamentos e exemplo no cotidiano.

O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, também se manifestou profundamente consternado pela morte de Francisco, destacando sua “voz corajosa” na defesa da “justiça social, dignidade humana e paz”. Numa publicação nas redes sociais, Santos enfatizou o apoio do Papa aos mais necessitados, aos marginalizados e àqueles sem voz, e disse que Francisco sempre esteve ao lado dos “pobres e excluídos”.

D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa, falou à Rádio Renascença sobre o impacto profundo que o Papa Francisco teve na Igreja. Ele o descreveu como alguém que trouxe “as fronteiras do Evangelho” à vida cotidiana, inspirando ações concretas em prol dos outros. Clemente relembrou momentos em que teve a honra de estar com o Papa, ressaltando suas palavras de incentivo e coragem para que o Evangelho se manifestasse não apenas nas páginas da Bíblia, mas na prática do amor e da atenção às necessidades dos outros.

O Patriarcado de Lisboa também se uniu às manifestações de pesar, com D. Rui Valério expressando sua dor pela perda de Francisco. Em uma nota oficial, o Patriarca de Lisboa destacou o legado do Papa, afirmando que seus gestos e ensinamentos “permanecem na memória” e que todos os católicos puderam testemunhar a dedicação incansável de Francisco durante seu pontificado. Ele pediu a Deus um hino de gratidão por esses anos de liderança espiritual.

Em respeito à memória do Papa Francisco, a Federação Portuguesa de Futebol decretou um minuto de silêncio antes de todos os jogos das competições organizadas pela FPF até o dia 27 de abril. Esta é uma maneira de honrar o pontífice, lembrando sua importância não só para a Igreja Católica, mas também para os católicos em Portugal e no mundo.

A morte do Papa Francisco representa uma grande perda para a Igreja Católica e para o mundo. Sua vida de dedicação e seu compromisso com a justiça, a paz e o serviço aos mais necessitados deixaram um impacto duradouro. Durante seus anos de pontificado, Francisco se destacou por sua simplicidade, sua voz crítica contra as desigualdades e seu esforço constante em trazer o Evangelho para além das palavras, tornando-o uma força transformadora na vida das pessoas.