O clima de tensão vivido recentemente na província do Uíge levou o Partido Liberal a se pronunciar publicamente. Em nota oficial, a sigla condenou com veemência os episódios de repressão policial registrados durante manifestações pacíficas organizadas por camponeses locais.
Segundo o partido, a origem dos protestos está na implementação de medidas governamentais que têm prejudicado diretamente a subsistência das famílias rurais. Entre as ações criticadas, destaca-se a restrição à circulação de meios de transporte, o que tem dificultado o acesso dos camponeses às suas lavras. Essa limitação, de acordo com a nota, ameaça não apenas a produção agrícola, mas também a segurança alimentar de diversas comunidades.
A atuação da Polícia Nacional também foi alvo de duras críticas. O Partido Liberal denunciou o uso excessivo da força durante as manifestações, mencionando o uso de gás lacrimogéneo e balas de borracha contra cidadãos desarmados. Para o partido, essa postura não contribui para a construção de um ambiente democrático e participativo, onde o diálogo deveria ser o caminho prioritário.
Em tom de apelo, a nota reforça a necessidade de se repensar decisões que possam comprometer a estabilidade social e o direito ao trabalho digno. O partido defende a adoção de políticas públicas mais sensíveis às realidades das populações rurais e enfatiza que “governar não é reprimir a dor do povo, mas sim incluir, escutar e corrigir os erros cometidos.”
A situação no Uíge reflete um desafio maior enfrentado por várias regiões do país: a urgência de se construir um modelo de governança mais atento às vozes das comunidades e baseado no respeito aos direitos fundamentais.