Em um marco significativo para a saúde pública, Angola reduziu consideravelmente suas taxas de mortalidade infantil e neonatal, de acordo com um comunicado divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na segunda-feira, 7 de abril de 2025. A mortalidade neonatal passou de 24 para 16 mortes por 1.000 nascidos vivos, enquanto a mortalidade infantil foi reduzida de 44 para 32 mortes por 1.000 nascimentos.
Além disso, o país também alcançou uma diminuição na taxa de mortalidade de menores de 5 anos, que caiu de 68 para 52 mortes por 1.000 nascidos vivos. Esses avanços são resultado de esforços contínuos para melhorar as condições de saúde materna e infantil em Angola, embora a OMS destaque que ainda existem desafios, especialmente no que diz respeito à cobertura de cuidados pré-natais e à assistência qualificada no momento do parto.
A OMS considera que Angola fez “progressos significativos” no campo da saúde materna e infantil e incentiva o governo angolano e seus parceiros a continuar investindo em serviços de saúde neonatal e materna de grande impacto. De acordo com a organização, é crucial que as autoridades angolanas garantam o acesso equitativo a cuidados de saúde de qualidade, adotem leis que protejam os direitos à saúde e enfrentem desigualdades sociais e econômicas. Além disso, a OMS enfatiza a importância de fortalecer a responsabilidade e a inovação no setor da saúde.
Uma ferramenta importante para alcançar esses objetivos é o Plano Estratégico Integrado para a Saúde Sexual, Reprodutiva, Materna, Neonatal, Infantil, do Adolescente e Nutricional, recentemente desenvolvido em Angola. Esse plano visa orientar a cobertura universal de intervenções de saúde com grande impacto e qualidade, sendo um passo fundamental para garantir que todas as mulheres e crianças tenham acesso a cuidados de saúde adequados.
Indrajit Harazika, representante da OMS em Angola, aproveitou a ocasião do Dia Mundial da Saúde para celebrar os progressos realizados, mas também ressaltou que ainda existem desafios a serem enfrentados. “Investir na saúde materna e neonatal gera retornos econômicos substanciais, além de salvar vidas”, destacou Harazika. Ele acrescentou que é fundamental trabalhar em conjunto com o governo, as famílias, o setor privado e outros parceiros para intensificar os esforços e erradicar as mortes maternas e neonatais evitáveis, priorizando a saúde e o bem-estar das mulheres a longo prazo.
O Ministério da Saúde de Angola também comemorou os avanços recentes, destacando que a redução das taxas de mortalidade neonatal, infantil e de menores de 5 anos reflete o compromisso do governo, dos profissionais de saúde, das famílias e dos parceiros internacionais. Em seu comunicado, o Ministério ressaltou que esses resultados são fruto de um esforço coletivo e de trabalho árduo para melhorar as condições de saúde no país.
As celebrações do Dia Mundial da Saúde, que ocorreram sob o lema “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”, foram dedicadas à saúde materna e infantil, lembrando a importância de continuar avançando para garantir um futuro mais saudável para as gerações vindouras em Angola. A OMS e o Ministério da Saúde reiteraram seu compromisso com a melhoria contínua das condições de saúde e o investimento em políticas públicas que beneficiem a população mais vulnerável, especialmente as mulheres e crianças.
Este progresso importante em Angola demonstra que, com o trabalho conjunto e o investimento contínuo, é possível transformar a saúde pública e alcançar melhores resultados em benefício de todos.