Moçambique acaba de alcançar um marco notável na área da saúde pública: o país foi reconhecido como Campeão na Luta Contra a Malária, em reconhecimento aos progressos significativos que tem demonstrado na prevenção e combate a esta doença que ainda afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
A distinção foi entregue ao ministro da Saúde, Hussen Isse, numa cerimónia oficial realizada à margem da 78ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, Suíça. O evento reúne representantes de 194 países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) para debater estratégias de saúde global e enfrentar desafios emergentes.
O reconhecimento internacional reflete o empenho contínuo do governo moçambicano na implementação de estratégias eficazes no controlo da malária. Entre as principais ações destacam-se:
- Campanhas de pulverização intra-domiciliária para eliminar focos do mosquito transmissor;
- Distribuição massiva de redes mosquiteiras tratadas com inseticida, garantindo proteção às populações mais vulneráveis;
- Melhoria nos serviços de diagnóstico e tratamento, assegurando resposta mais rápida e eficaz;
- Reforço da vigilância epidemiológica, essencial para monitorar a evolução da doença.
Um dos avanços mais relevantes citados pela Presidência da República foi a introdução progressiva da vacina contra a malária, voltada especialmente para grupos de risco. Esta medida representa uma abordagem integrada que visa, simultaneamente, reduzir a mortalidade e limitar a transmissão da doença em zonas endémicas.
Durante o discurso de aceitação da distinção, o ministro Hussen Isse atribuiu a conquista ao envolvimento de diversos setores da sociedade moçambicana:
“Este reconhecimento é fruto do compromisso firme do Governo, liderado pelo Presidente Daniel Francisco Chapo, e da dedicação das comunidades, profissionais de saúde, parceiros e organizações da sociedade civil que, diariamente, se empenham na erradicação da malária no nosso país.”
Apesar de Moçambique ainda figurar entre as nações com maior incidência da doença, os indicadores de progresso são promissores. As estatísticas revelam reduções graduais na taxa de mortalidade e melhorias consistentes no controlo da malária em várias regiões do país.
O reconhecimento serve como um incentivo poderoso para a manutenção dos esforços atuais e o fortalecimento da cooperação internacional. O objetivo? Transformar a malária numa ameaça controlada — ou, idealmente, erradicada — não apenas em Moçambique, mas em todo o mundo.
A distinção recebida por Moçambique é um exemplo inspirador de como políticas públicas bem estruturadas, apoio comunitário e parcerias estratégicas podem transformar realidades. O combate à malária ainda tem um longo caminho pela frente, mas histórias como esta provam que a mudança é possível — e está ao nosso alcance.
