Israel intensificou sua ofensiva na Faixa de Gaza com uma série de ataques aéreos, resultando na morte de pelo menos 235 palestinos, entre eles mulheres e crianças. Mais de 1.000 pessoas ficaram feridas devido à gravidade dos bombardeios. De acordo com fontes hospitalares palestinianas, as vítimas são, em grande parte, civis.
Esses ataques ocorreram em um momento delicado, com o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas ainda em um limbo. Embora a primeira fase do acordo, mediada pelos Estados Unidos, Catar e Egito, tenha sido concluída no início de março, as negociações para a segunda fase ainda não avançaram.
Em um comunicado, o exército israelita afirmou que os ataques tinham como alvo posições do Hamas, com operações realizadas em várias localidades de Gaza, incluindo as cidades de Gaza, Khan Younis e Rafah. Segundo o governo israelense, o motivo da escalada foi a recusa do Hamas em liberar reféns e o desrespeito às ofertas feitas por mediadores internacionais, incluindo o enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff. Israel, por sua vez, prometeu intensificar sua “força militar crescente” em resposta.
O Hamas, por sua vez, condenou os ataques, responsabilizando o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu pela violência, alegando que a ação foi uma “escalada não provocada” contra os palestinianos. Em um comunicado publicado no Telegram, o Hamas afirmou que Netanyahu e seu governo são “totalmente responsáveis” pela violência e pelas consequências que podem advir da agressão a Gaza.
A situação permanece tensa, com o Hamas alertando que a violação do cessar-fogo pode colocar em risco a vida dos reféns. A organização também criticou a decisão de Israel de retomar os ataques, alegando que isso coloca em perigo as negociações de paz e a segurança dos prisioneiros em Gaza.
Além dos ataques em Gaza, Israel também realizou bombardeios no sul do Líbano e da Síria na segunda-feira, 17 de março, que resultaram na morte de pelo menos dez pessoas. Esses bombardeios fazem parte de uma série de operações militares israelitas que têm ocorrido frequentemente durante os períodos de cessar-fogo instáveis na região.
A comunidade internacional segue atenta, aguardando desenvolvimentos nas negociações e o possível impacto desses ataques na continuidade do cessar-fogo e na estabilidade da região.