Em um relatório divulgado em março de 2025, a consultora britânica Oxford Economics prevê um leve aumento na produção de petróleo de Angola para este ano. Após um crescimento de 4,1% em 2024, atingindo uma média de 1,176 milhões de barris diários, a produção deverá continuar em ascensão, com um crescimento projetado de 1% para 1,187 milhões de barris diários em 2025.
A consultora acredita que, apesar do crescimento modesto, o setor petrolífero de Angola segue um caminho de expansão gradual a médio prazo. Entre os fatores que sustentam essa previsão, destaca-se a emissão de licenças nas bacias de Benguela e Kwaza, além do licenciamento de novos blocos de petróleo e gás que o regulador do setor, a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), planeja iniciar a partir de 2026.
De acordo com a Oxford Economics, essa ronda de licenciamento plurianual pode atrair até 60 bilhões de dólares em novos investimentos no setor petrolífero nos próximos cinco anos, o que impulsionaria ainda mais a produção e o desenvolvimento do setor.
Esse cenário é mais otimista do que as previsões da Agência Internacional de Energia (AIE), que em janeiro de 2025 estimava que Angola produzisse 1,11 milhões de barris por dia em 2024, com uma queda gradual para 1,08 milhões de barris diários nos dois anos seguintes.
Vale destacar que, no início de 2024, Angola decidiu sair da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) devido a desacordos sobre as quotas de produção, uma decisão que teve impacto na dinâmica do mercado de petróleo e na forma como o país gerencia sua produção.
Atualmente, Angola é o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, atrás apenas da Nigéria, e continua sendo um player estratégico no mercado global de energia. As expectativas para 2025 indicam um ano de continuidade no crescimento, apesar das dificuldades e dos desafios estruturais enfrentados pelo setor.
