Become a member

Get the best offers and updates relating to Liberty Case News.

― Advertisement ―

spot_img
HomeMUNDOEUA apresentam resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre caminho para...

EUA apresentam resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre caminho para Paz entre Rússia e Ucrânia

Nesta segunda-feira, 24, os Estados Unidos avançaram com a sua resolução intitulada “Caminho para a Paz” no Conselho de Segurança da ONU, justamente no momento em que o mundo marcou os três anos da invasão da Ucrânia pela Rússia. A resolução foi aprovada com 10 votos a favor, com a Rússia e a China alinhadas com os EUA, enquanto a Grã-Bretanha e outros países europeus se abstiveram.

A representante interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, destacou que a resolução é um “primeiro passo crucial” para a construção de um futuro pacífico, não só para a Ucrânia e a Rússia, mas para toda a comunidade internacional. Em seu discurso, ela afirmou que o objetivo principal da resolução era “manter a paz internacional e segurança”, além de “resolver litígios de forma pacífica”.

O texto de quatro linhas lamenta a perda de vidas durante o conflito entre os dois países e pede um fim rápido do confronto, bem como uma paz duradoura entre a Ucrânia e a Rússia.

A votação não ocorreu sem controvérsias. Enquanto os Estados Unidos receberam apoio de países como Rússia e China, potências europeias, como a Grã-Bretanha, se abstiveram de votar. Além disso, França e Alemanha tentaram adiar a votação, mas não obtiveram sucesso. Esses países, junto com Dinamarca, Grécia e Eslovênia, solicitaram ajustes no texto, como a substituição do termo “conflito Rússia-Ucrânia” por “a invasão em grande escala da Ucrânia pela Federação Russa” e o apoio explícito à soberania e integridade territorial da Ucrânia.

O embaixador francês, Nicolas de Rivière, deixou claro que embora os países estejam comprometidos com a paz, é necessário que essa paz seja “justa e duradoura”, sem que a vítima do conflito, no caso, a Ucrânia, seja forçada a se render.

A Rússia também propôs mudanças no texto, sugerindo que ele abordasse as “causas profundas” do conflito e utilizasse uma linguagem menos incisiva em relação à guerra. Contudo, as tentativas de modificar o documento não tiveram sucesso, em parte devido ao apoio insuficiente de outros membros do Conselho e aos vetos russos.

Os Estados Unidos se abstiveram de votar sobre as emendas propostas durante a votação.

A resolução do Conselho de Segurança seguiu uma votação na Assembleia Geral da ONU, onde dois projetos de resolução concorrentes foram apresentados, um pela Ucrânia e outro pelos Estados Unidos. Ambos os textos foram aprovados com uma maioria de dois terços, mas o apoio dos EUA às suas próprias propostas gerou tensões com os aliados europeus da Ucrânia.

A resolução ucraniana e europeia foi aprovada com 93 votos a favor, 18 contra e 65 abstenções, mas o apoio foi o mais fraco que a Ucrânia recebeu nos últimos três anos. Entre os países de língua portuguesa, Cabo Verde e Portugal votaram a favor, enquanto outros se abstiveram.

A resolução dos Estados Unidos, por outro lado, teve 93 votos a favor, 8 contra e 73 abstenções, destacando um cenário polarizado na Assembleia Geral.

Durante a reunião, a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Mariana Betsa, fez um discurso emocionado, ressaltando que a Rússia subestimou gravemente a resistência ucraniana. Ela lembrou que a Rússia acreditava que a Ucrânia cairia rapidamente, mas a realidade foi bem diferente. A Ucrânia continua firme em sua luta pela soberania e pela liberdade.

Em uma virada inesperada, os Estados Unidos votaram contra a resolução ucraniana, o que foi uma surpresa, considerando o apoio tradicional dos EUA à Ucrânia desde o início do conflito. Além disso, a Rússia e seus aliados, como a Bielorrússia e a Coreia do Norte, também votaram contra a resolução ucraniana.

O cenário atual nas Nações Unidas reflete a complexidade da situação da guerra entre Rússia e Ucrânia. As resoluções aprovadas indicam a persistente divisão entre os países, enquanto a comunidade internacional continua a buscar uma solução pacífica para o conflito, que já causou uma enorme tragédia humana. A postura dos EUA, ao apresentar sua resolução e ao votar contra a ucraniana, demonstra um equilíbrio delicado entre as potências envolvidas e a necessidade urgente de encontrar uma solução para o impasse.