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François Bayrou Sobrevive a Moção de Censura e Mantém-se no Cargo de Primeiro-Ministro da França

Na terça-feira, 14 de janeiro de 2025, François Bayrou, recém-nomeado primeiro-ministro da França, surpreendeu muitos ao sobreviver a uma moção de censura na Assembleia Nacional. A moção foi apresentada pelo partido de extrema-esquerda La France Insoumise (LFI) após o discurso de política geral de Bayrou, mas uma reviravolta inesperada no apoio parlamentar garantiu sua permanência no cargo.

O evento aconteceu após Bayrou, durante seu discurso de política geral, apresentar um conjunto de propostas chave para o governo. Entre elas estavam negociações para revisar a reforma das pensões de 2023, uma medida impopular entre os franceses, e uma série de cortes orçamentais para reduzir o défice do país.

Além disso, Bayrou procurou suavizar as tensões com o Partido Socialista, prometendo que não haveria cortes de 4.000 postos de trabalho no setor público da educação. Esta promessa parecia ser uma tentativa de atrair o apoio dos socialistas, que inicialmente ameaçaram votar contra o governo de Bayrou se não obtivessem garantias adicionais.

A grande surpresa ocorreu quando o Partido Socialista, em uma decisão inesperada, anunciou que não apoiaria a moção de censura proposta pela La France Insoumise. A medida foi vista como uma forma de preservar a unidade da coligação de esquerda, mas também gerou um forte ressentimento entre os outros membros da Nova Frente Popular (NFP), uma aliança que inclui diversos partidos de esquerda e de extrema-esquerda.

Jean-Luc Mélenchon, líder da La France Insoumise, criticou publicamente a posição dos socialistas, afirmando que a decisão estava “quebrando” a coesão da NFP, enquanto outros membros da coligação demonstraram frustração com a falta de apoio.

Embora alguns membros do partido de extrema-direita Rassemblement National tenham criticado o discurso de Bayrou, o deputado Jean-Philippe Tanguy adotou uma postura mais cautelosa. Em uma declaração à imprensa, Tanguy ressaltou que o partido avaliaria as ações do governo de Bayrou em vez de se deixar levar apenas por declarações políticas.

Apesar da vitória momentânea de Bayrou, o governo do novo primeiro-ministro enfrenta uma série de desafios nos próximos dias. Um dos principais obstáculos será a aprovação do orçamento para 2025, já que o país ainda não tem um plano orçamentário definido, o que pode gerar novos atritos políticos.

Além disso, a situação política de Bayrou foi comparada com a do seu antecessor, Michel Barnier, que foi forçado a deixar o cargo em dezembro após a apresentação de um plano orçamentário rejeitado pela extrema-direita e pela NFP. Isso coloca Bayrou em uma posição vulnerável, e o cenário político continua tenso.

Embora tenha conseguido superar a moção de censura, François Bayrou sabe que as próximas semanas serão decisivas para sua liderança. Com uma coligação de esquerda fragmentada e a necessidade urgente de aprovar medidas econômicas difíceis, o primeiro-ministro terá que negociar com uma gama de atores políticos diversos para garantir a estabilidade do seu governo.

Em um momento de incerteza política, Bayrou continua a ser um personagem-chave no cenário político francês, mas seu futuro dependerá das decisões que tomar nas próximas semanas e da capacidade de gerir as difíceis reformas que o país precisa para enfrentar os desafios econômicos que se avizinham.