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Troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia: Um marco antes da véspera de Ano Novo

by REDAÇÃO

Em um gesto de grande impacto antes da chegada do Ano Novo, a Rússia e a Ucrânia realizaram uma das maiores trocas de prisioneiros de guerra desde o início do conflito em 2022. A iniciativa foi mediada pelos Emirados Árabes Unidos (EAU), conforme noticiado pela BBC, representando um raro momento de colaboração em meio às tensões constantes entre os dois países.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, 150 soldados ucranianos foram trocados por um número equivalente de militares russos. Contudo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, anunciou em suas redes sociais que 189 ucranianos haviam sido trazidos de volta. Essa discrepância nos números ainda não foi esclarecida, mas reflete as complexidades envolvidas em tais negociações.

Em uma declaração emocionante, Zelenskyy reafirmou o compromisso de seu governo: “Estamos a trabalhar para libertar todas as pessoas do cativeiro russo. Não nos esquecemos de ninguém.” Ele também compartilhou imagens de soldados ucranianos regressando para casa, segurando as bandeiras do país e recebendo apoio da população.

Os militares russos libertados foram inicialmente levados para a Bielorrússia, onde receberam suporte médico e psicológico antes de regressarem à Rússia, segundo o Ministério da Defesa de Moscou. Já os soldados ucranianos libertados incluem guardas fronteiriços, membros da Guarda Nacional e marinheiros, muitos dos quais estavam em cativeiro há mais de dois anos e meio. De acordo com autoridades ucranianas, alguns desses prisioneiros retornaram com ferimentos graves e condições de saúde debilitadas.

Esta troca, a 59ª desde o início da guerra, destaca-se como uma das maiores realizadas até agora, ilustrando a escala do impacto humano do conflito.

Enquanto as negociações para a troca de prisioneiros eram finalizadas, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de quase 2,5 bilhões de dólares. O pacote inclui 1,25 bilhões em retirada presidencial de emergência, permitindo o envio rápido de armas diretamente do estoque militar, e outros 1,22 bilhões em contratos de longo prazo através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI).

Biden destacou o compromisso de sua administração em fornecer apoio rápido e efetivo: “Sob minha direção, os Estados Unidos continuarão a trabalhar incansavelmente para reforçar a posição da Ucrânia nesta guerra durante o resto do meu mandato.”

A troca de prisioneiros simboliza um raro vislumbre de diplomacia em um conflito que já resultou em milhares de mortes e deslocamentos em massa. Embora não represente um fim para a guerra, é um lembrete de que a negociação e o diálogo ainda são possíveis, mesmo em tempos de grande adversidade.

Para as famílias dos prisioneiros que regressaram, este Ano Novo traz uma nova esperança de que, apesar das dificuldades, a humanidade pode prevalecer.

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