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Revogação da lei Marcial na Coreia do Sul: O retorno à Democracia

Recentemente, a Coreia do Sul viveu um momento tenso de sua história política, quando o presidente Yoon Suk Yeol anunciou a imposição de uma lei marcial emergencial, que gerou protestos e reações intensas tanto no parlamento quanto nas ruas. No entanto, a medida foi rapidamente revertida após a rejeição do decreto pelos legisladores.

Na noite de terça-feira, Yoon Suk Yeol decidiu decretar a lei marcial, alegando que a oposição no país estava paralisando o governo com atividades antiestatais e, além disso, acusou o parlamento de ser controlado por forças simpatizantes da Coreia do Norte. O presidente descreveu essa medida como essencial para proteger a ordem constitucional e salvaguardar a “Coreia do Sul liberal” das ameaças externas, incluindo as da Coreia do Norte.

Em uma conferência de imprensa, Yoon afirmou que a lei marcial visava erradicar as forças pró-Norte-coreanas e restaurar a ordem no país. Para complementar, ele declarou que a medida seria uma forma de proteger a liberdade e garantir a estabilidade política do país. A decisão foi tomada em um contexto de crescente tensão, com o Partido Democrático, oposição, apresentando um orçamento reduzido e moções de censura contra figuras do governo.

A reação no parlamento foi rápida e firme. Quando a medida foi votada, 190 dos 300 deputados presentes se opuseram à lei marcial, levando à declaração de “invalidade” da medida pelo presidente da Assembleia Nacional. A declaração foi clara: “A lei marcial de emergência é inválida”, anunciou Won-sik, líder parlamentar.

Com a votação contrária ao decreto presidencial, o presidente Yoon foi pressionado a reverter sua decisão, o que ele fez rapidamente, ordenando a retirada das forças militares destacadas para a Assembleia Nacional. A decisão de revogar a lei marcial foi celebrada por muitos sul-coreanos, que se reuniram em frente ao parlamento para protestar contra a medida autoritária do presidente.

Os protestos tomaram as ruas de Seul, com milhares de pessoas se manifestando em frente ao parlamento. A polícia, em grande número, bloqueou as entradas do edifício legislativo, e houve relatos de confrontos entre manifestantes e agentes de segurança. O clima de tensão foi palpável, especialmente quando os militares foram vistos avançando para o parlamento. No entanto, a situação começou a se acalmar quando, por volta das 2h da manhã, foi confirmado que os soldados começaram a se retirar.

Quando a notícia da revogação da lei marcial se espalhou, muitos manifestantes celebraram a reversão da medida, aliviados com a decisão de Yoon Suk Yeol. Para muitos, essa foi uma vitória da democracia, um lembrete de que, em uma sociedade democrática, o poder está nas mãos do povo e do parlamento, e não apenas em um único líder.

Desde que assumiu a presidência em 2022, Yoon tem se esforçado para implementar sua agenda política em um parlamento onde a oposição tem maioria. A sua decisão de impor a lei marcial surgiu em um momento de grande polarização política, com a oposição contestando as ações do governo, incluindo o orçamento proposto e as nomeações de figuras chave do governo. A medida de Yoon, que chegou a suspender atividades parlamentares e meios de comunicação, gerou críticas tanto de seus aliados quanto da oposição, com figuras proeminentes, como Han Dong-hoon e Lee Jae-myung, condenando a lei marcial como ilegítima.

A revogação da lei marcial na Coreia do Sul não apenas encerra um capítulo de tensão política, mas também reafirma a importância das instituições democráticas no país. O episódio serve como um lembrete de que, mesmo em tempos de crise, a democracia e o respeito pelas decisões parlamentares devem prevalecer. Para os sul-coreanos, foi um momento de vitória e reafirmação dos princípios democráticos que moldam a nação.