EUA – As eleições presidenciais dos Estados Unidos acabam de ter seu resultado finalizado, confirmando a vitória de Donald Trump. Ele venceu em todos os estados considerados decisivos, acumulando 312 votos eleitorais contra os 226 de Kamala Harris, sua concorrente democrata e atual vice-presidente.
A confirmação veio após a vitória de Trump no Arizona, estado decisivo para a vitória final. Com isso, o ex-presidente conquistou os votos eleitorais de outros estados-chave como Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Geórgia, Carolina do Norte e Nevada. Esse conjunto de vitórias em “swing states” levou Trump a superar a marca de 270 votos necessários para garantir a presidência, com um saldo final que consolida sua liderança.
Em 2020, o Arizona foi um dos estados onde Trump sofreu uma derrota apertada, quando Joe Biden o venceu por uma diferença de apenas 10.457 votos. Tradicionalmente republicano, o Arizona tem passado por transformações demográficas, especialmente com o aumento da população latina e as divisões entre lideranças republicanas. Mesmo com esses desafios, Trump conseguiu retomar o estado, revertendo o resultado de quatro anos atrás.
Essa mudança foi significativa, considerando que, após a última vitória de Trump em 2016, os democratas conseguiram avanços no estado, elegendo a governadora Katie Hobbs e dois senadores democratas, além de outros altos cargos. A vitória de Trump no Arizona sinaliza uma recuperação republicana em meio a esse contexto de mudança.
Durante a campanha, tanto Trump quanto Kamala Harris dedicaram atenção especial ao Arizona, com visitas estratégicas à fronteira entre o estado e o México. A questão da imigração e segurança de fronteira foi central para conquistar eleitores, especialmente em estados como Arizona, onde essas pautas são cruciais para o eleitorado.
Com a posse marcada para janeiro, Trump já começa a traçar o perfil de sua nova administração. Em uma mensagem nas redes sociais, o presidente eleito indicou que Nikki Haley, ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU, e Mike Pompeo, ex-secretário de Estado, não farão parte de sua equipe. Ambos foram membros importantes no primeiro mandato de Trump, mas tiveram diferenças públicas com o ex-presidente, principalmente durante as primárias republicanas. Haley chegou a concorrer nas primárias contra Trump e fez duras críticas ao ex-presidente, classificando-o como “desequilibrado” em um dos momentos da campanha.
Agora, com sua vitória consolidada, Trump e sua equipe enfrentam o desafio de conduzir uma transição de governo e alinhar os planos para a nova administração. Resta observar como será a montagem de sua equipe de governo e quais prioridades vão definir seu retorno à Casa Branca.
Essas eleições marcam um momento significativo na política americana, mostrando que a divisão e o engajamento dos eleitores nos estados decisivos continuam a desempenhar um papel fundamental nos rumos do país.