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UNITA diz que PR atravessa “crise de confiança”, divisão de Luanda é apenas “uma manobra dilatória” para distrair da crise interna no MPLA

A UNITA considerou esta quinta-feira, 27, que o tema da divisão político-administrativa de Luanda, que abarca a criação de uma nova província, “constitui apenas uma manobra dilatória para distrair os angolanos da crise interna que o MPLA atravessa”.

“Os angolanos não se devem deixar distrair. O anúncio de mais uma alteração na divisão político-administrativa do País não é uma questão importante neste momento que deva preocupar as pessoas, porque não tem impacto nenhum na evolução da política nacional nem na gestão da crise económica e social que o País vive”, disse em conferência de imprensa o líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiyaka.

O político, que falava para apresentar o ponto de vista da UNITA sobre a divisão da província de Luanda, referiu que “o que é importante e deve merecer a atenção colectiva é a crise de liderança que o partido-Estado atravessa e a grave crise económica e social que o País vive”.

“O Presidente da República transformou o Estado angolano em agente corruptor, que promove, estrutura, alimenta e institucionaliza a corrupção, tanto a corrupção activa como a corrupção passiva”, sublinhou, afirmando que o regime “está desorientado e já não sabe o que fazer”.

“Ora são aeroportos sem aviões, ora são muros instantâneos e milionários, ora são autocarros de 600 mil dólares, ora é o aluguer milionário de aviões de luxo, ora são divisões administrativas de províncias ou municípios sem fundamento nem cabimento”, acrescentou.

Para a UNITA, Angola é um País “sem serviços mínimos, onde as pessoas não têm comida nem água potável, as pessoas morrem de fome, com altos índices de delinquência, inflação galopante, custo de vida insustentável, miséria por todos os cantos, justiça corrupta, saneamento básico deficitário”.

“O Regime está profundamente dividido, sem agenda, sem legitimidade e sem qualquer capacidade para continuar a governar. Já não está a pensar no País, porque, se estivesse, teria posto já as autarquias a funcionar e, pelo menos, estaria aliviada a pressão sobre o Presidente da República”, referiu.

De acordo com o principal partido da oposição, o Presidente da República deve estar a atravessar uma crise de confiança, “um daqueles momentos da vida em que a pessoa já não sabe quem está consigo e quem não está”.

“Todos aparecem a sorrir, mas você não sabe se é o riso da bajulação, da falsidade ou da traição”, conclui o líder do Grupo Parlamentar da UNITA que deseja que o MPLA seja bem-sucedido na sua primeira experiência eleitoral de organizar eleições transparentes com candidaturas múltiplas e que transforme a crise actual numa oportunidade para democratizar a si mesmo e consequentemente desbloquear o processo de democratização de Angola.