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FAA acusadas de distruir lavras de camponeses com explusões de armas pesadas em Cabinda

Desde o dia 1 de Maio que as Forças Armadas Angolanas (FAA), através do comando da Região Militar Cabinda, têm realizado disparos com artilharia pesada, na regedoria do Ntó, município de Cabinda, no quadro da preparação combativa e aperfeiçoamento das tropas, mas a população queixa-se que os disparos com armas pesadas têm estado a destruir as lavras dos camponeses.

Asituação tem levantado rumores no seio da população de uma eventual insegurança, facto que as autoridades da província negam tranquilizando as pessoas de que se trata apenas de um exercício militar e nada mais.

O Governo Provincial de Cabinda assegura que este exercício militar na regedoria do Ntó é feito em perímetro devidamente controlado e que não há rezões para pânico.

A população, por sua vez, assegura que estes exercícios intensificaram-se nos últimos tempos, de forma permanente e que têm estado a destruir algumas zonas agrícolas dos camponeses.

Ao Novo Jornal denunciam que quase nada se aproveita nas lavras, o que está a causar problemas graves porque a situação social das famílias, nestas regiões, é de extrema pobreza e que têm apenas as lavras como solução de sobrevivência.

A população camponesa critica o governo local de não informar, com antecedência, as famílias, sobre tudo as das aldeias vizinhas ao campo de tiro do Ntó.

Em comunicado, o Governo Provincial de Cabinda informa a população que para esta sexta-feira,10, está previsto, das 07:30 às 14:00, no quadro da preparação combativa e adestramento das tropas, do comando da Região Militar Cabinda, a realização de disparos com armas de artilharia pesada.

A semana passada, o comandante da Região Militar Cabinda, tenente-general Tukikebi Tussen dos Santos, afirmou, que a preparação combativa e o aperfeiçoamento permanente das tropas constituem indiscutivelmente um dos grandes pressupostos para edificação de um Exército forte e moderno.

O chefe da Região Militar de Cabinda assegurou que a preparação combativa é uma actividade contínua e permanente do efectivo do ponto de vista organizacional, táctico e operativo.

Ainda a semana passada, na cerimónia de abertura do ano de instrução de preparação operativa, combativa e educativa patriótica 2023/204, das FAA, em Cabinda, a governadora provincial, Mara Quiosa, disse que devido à descontinuidade geográfica da província, é imperioso que se eleve a capacidade técnica e operativa das forças de defesa e segurança para que em caso de “eventuais ameaças internas e externas que possam pôr em perigo a segurança da província, estejam à altura de defendê-la”.