Presidente chinês foi recebido na segunda-feira por Emmanuel Macron na capital francesa e os dois apelaram a uma trégua global nos conflitos mundiais durante as olimpíadas deste verão.
O presidente chinês, Xi Jingping, apelou na segunda-feira a uma “trégua global” durante os Jogos Olímpicos de Paris, no próximo verão, depois de o Presidente francês e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o terem incentivado a usar a sua influência junto de Moscovo para pôr fim à invasão russa da Ucrânia.
Macron recebeu na segunda-feira, no Eliseu, o presidente chinês, na primeira visita de Xi Jinping à Europa em cinco anos. Com von der Leyen, tentou mostrar uma frente unida a Pequim, pressionando o Presidente chinês em várias matérias, desde o comércio até ao conflito na Ucrânia.
Numa declaração conjunta após uma reunião em que discutiram questões internacionais globais e relações comerciais bilaterais, Macron anunciou que China e França apoiam uma trégua olimpica abrangendo todos os conflitos durante os Jogos Olímpicos de Paris.
“Pensamos que uma trégua olímpica para todos os cenários de guerra pode ser uma ocasião para trabalhar em soluções duradouras no pleno respeito do direito internacional”, declarou Macron.
“O mundo está longe de estar tranquilo e, como membro permanente das Nações Unidas, a China apela a uma trégua mundial durante os Jogos Olímpicos”, corroborou Xi Jinping.
Os Jogos Olímpicos decorrem na capital francesa entre 26 de julho e 11 de agosto. São esperados 16 milhões de visitantes.
Macron já tinha apelado a uma “trégua olímpica” durante os jogos de Paris, conseguindo agora um apoio de peso vindo de Pequim.
O governo francês anunciou ainda, no âmbito da visita do presidente chinês, que vai facilitar a emissão de vistos para viajantes chineses em negócios ou turismo.
Já a presidente da Comissão Europeia, fez à China uma dura advertência, garantindo a Xi Jinping que a União Europeia está pronta para proteger o bloco das práticas comerciais agressivas de Pequim e que tudo fará para entar impedir que o setor industrial chinês, fortemente subsidiado, sufoque as indústrias europeias com práticas desleais.
“Para que o comércio seja justo, o acesso aos mercados uns dos outros também tem de ser recíproco”, disse von der Leyen aos jornalistas em Paris, depois do encontro com o presidente chinês.