De acordo com o programa oficial da cúpula, o Presidente da República será o sexto a intervir no acto, a ser presidido por Florie Liser, presidente da entidade organizadora, o Conselho Corporativo em África.

Além desta intervenção, João Lourenço tem previstas duas intervenções em Diálogos de Alto Nível sobre Investimento em Infra-estruturas Estratégicas e Crescimento Sustentável e  o Futuro Energético de África.

O estadista angolano cumpriu esta segunda-feira uma intensa agenda de trabalhos na cidade de Dallas, marcada por nove audiências a entidades do mundo empresarial, de negócios e da esfera política dos Estados Unidos.

O Chefe de Estado angolano figura entre as entidades governamentais de África convidadas para a cúpula, que
vai discutir, durante quatro dias, soluções para impulsionar a cooperação comercial entre norte-americanos e africanos.

Além de João Lourenço, estão confirmadas para a cimeira as participações dos Chefes de Estado Joseph Boakai, da Libéria; Lazarus Chakwera, do Malawi; Mokgweetsi Masisi, do Botswana; José Maria Neves, de Cabo Verde; Filipe Nyusi, de Moçambique; e Bola Tinubu, da Nigéria.

Conforme a organização, devem fazer-se presentes, igualmente, Nthomeng Majara, vice-primeiro-ministro do Lesotho; Muhammad BS Jallow, Vice-Presidente da Gâmbia; e David Sengeh, ministro-chefe da Serra Leoa.

Vão também participar vários ministros em representação das áreas do Comércio, da Saúde, das TIC, da Energia, Investimentos e Agricultura de Angola, Cotê d’Ivoire, Botswana, Cabo Verde, Lesotho, Libéria, Mauritânia, Marrocos, Moçambique, Nigéria, Serra Leoa, Gâmbia, Togo e Zâmbia.

O país anfitrião estará representado por uma delegação chefiada pela embaixadora nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, que ser fará acompanhar de vários executivos e influentes homens de negócios.

A Cimeira reunirá mais de 1.500 executivos do sector público e privado dos Estados Unidos e de África, incluindo Chefes de Estado, investidores internacionais, funcionários do Governo norte-americano e de África, bem como entidades multilaterais.

O evento será marcado por sessões plenárias e painéis temáticos, que estarão focados em diferentes sectores como o agronegócio, finanças, energia, saúde, infraestrutura, TIC, indústrias criativas e outras.

A reunião  coincide com as celebrações do 20.º aniversário da Millennium Challenge Corporation (MCC), que enpregou mais de USD 10 mil milhões em reformas políticas institucionais e investimentos em infraestruturas em África.

A cimeira é uma iniciativa que visa discutir soluções eficazes para impulsionar parcerias comerciais sustentáveis entre os EUA e o continente africano, que se mostra cada vez mais estratégico e prioritário na política externa da Administração norte-americana.

O objectivo principal do encontro  é possibilitar que os líderes africanos contactem, de forma directa, os decisores de Governos e do sector privado, a fim de se impulsionar parcerias empresariais sustentáveis entre os EUA e os africanos.

A organização da cimeira prevê levar à mesa temas de importância capital para o fortalecimento de parcerias empresariais mutuamente vantajosas, com particular destaque para o sector do agronegócio.

Espera-se que os países africanos estabeleçam pontes e parcerias para darem maior consistência aos
seus projectos de desenvolvimento, atraindo investidores dos EUA para os campos agrícolas, um dos principais motores de crescimento das economias do continente.

A 16ª Cimeira Empresarial EUA-África servirá para aprofundar a questão das opções de financiamento disponíveis, por meio do Governo dos EUA e de investidores institucionais, assim como de bancos norte-americanos e africanos.

De igual modo, será discutida a temática das infra-estruturas energéticas e transição para fontes mais sustentáveis, a situação e as oportunidades no sector da saúde pública, além da exploração de oportunidades de investimento em infraestruturas.

No domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação, serão feitas discussões sobre inovações e oportunidades no sector das TIC, enquanto que na área das indústrias criativas se prevê uma abordagem sobre a exploração de parcerias para fortalecer a indústria criativa.

Durante os quatro dias de trabalhos, está igualmente prevista a realização de fóruns específicos por cada um dos países, que facilitarão a interacção com altos funcionários governamentais e líderes empresariais de países com mercados promissores para investimentos.

O evento também oferecerá oportunidades de networking, reuniões privadas com tomadores de decisão-chave e diálogos de alto nível com delegações governamentais africanas e executivos de empresas.

O programa de trabalho prevê seis painéis temáticos, que contarão com a participação de Chefes de Estado e de Governo de África e altas entidades da políticas norte-americana, com realce para o Diálogo de Alto Nível sobre o Fortalecimento dos Sistemas de Saúde em África.

Outro Diálogo de Alto Nível tem a ver com o tema Desbloquear o Potencial Digital de África – Enfrentar os Desafios e Expandir as Oportunidades, cujo propósito é apresentar as oportunidades para acelerar a digitalização em África, reforçar parcerias para resolver estrangulamentos críticos, incluindo infra-estruturas.

No âmbito deste tema, serão discutidos factores como a expansão da infra-estrutura de telecomunicações, acesso à internet, incentivo ao empreendedorismo digital, educação e capacitação em tecnologia, desenvolvimento de ecossistemas de inovação, inclusão digital, desenvolvimento de aplicativos locais, entre outros.

Por sua vez, o Painel sobre Insegurança Alimentar a Propriedade dos Negócios Agrícolas e o Caso da Parceria Estratégica no Agronegócio entre os Estados Unidos e África terá como foco principal discutir uma parceria estratégica em agronegócios com os EUA, através de negociações bilaterais entre os governos dos países envolvidos.

O tema vai explorar matérias como os desafios da insegurança alimentar em África, oportunidades de desenvolvimento agrícola em África, importância da parceria EUA-África em agronegócio, investimento e financiamento agrícola, desenvolvimento de capacidades e transferência de conhecimentos, além de estudar casos bem-sucedidos nesse segmento.

Com Angop